Atraído por garotos adolescentes, John Wayne Gacy foi responsável por uma série de assassinatos e estupros entre 1972 e 1978, nos EUA.
Tudo começou em 1972: era o segundo dia do ano quando o garoto Timothy McCoy acordou cedo e fez um belo café da manhã para ele e John Wayne Gacy, o simpático homem que o permitiu passar a noite em sua casa. Tim estava indo para Michigan. Mas antes, fez a mesa e subiu as escadas para chamar Gacy — sem perceber que ainda segurava a faca que usava para cozinhar.
Foi aí que a situação se agravou. Assustado, Gacy não percebeu que Tim não queria lhe fazer mal. De cara, atacou o garoto, e o esfaqueou até a morte. Para se livrar do corpo, ele enterrou o menino debaixo de sua casa e cobriu o cadáver com concreto.
O evento ficou marcado na memória de Gacy e desencadeou uma loucura que deu início a uma vida de assassinatos de jovens adolescentes. Depois de Timothy, 28 corpos foram parar no chão cimentado da casa do homem. O que era contra-intuitivo aos que o conheciam.
Todos diziam que Gacy era simpático e gentil, um sucesso na área de atendimento ao cliente, com que trabalhou tanto no KFC de seu sogro quanto em sua empresa autônoma de construção civil.
Seus clientes só tinham elogios. Os viam como amável e generoso, um homem muito altruísta. Uma de suas maiores ações era, nos fins de semana, se vestir de palhaço para alegar o dia das crianças, em aniversários e eventos da cidade.
Porém, a psique do assassino não brotou do zero: ao que se sabe, Gacy era filho de um homem abusivo e violento, que repreendia o rapaz e o agredia com o cinto. Gacy, fugindo desse ambiente familiar, mudou-se para Las Vegas. Desde lá, já eram visíveis traços da anormalidade.
Gacy começou a trabalhar como assistente em um necrotério da Cidade do Pecado e, hoje sabemos, dormia num canto atrás da sala de embalsamento. E, numa noite, num gatilho para o rapaz, ele se prendeu com um dos cadáveres, um adolescente, num caixão e ficou abraçado no corpo, acariciando sua pele mórbida.
O episódio o chocou tanto que ele se convenceu a retornar à sua cidade e se matricular numa escola de negócios (Northwestern Business College). Depois de formado, conheceu Marlynn Myers, com quem se casou e teve dois filhos e uma casa em Chicago.
No entanto, a aparente normalidade de sua vida era uma farsa. O homem se envolveu com grupos de prostituição, swings, pornografia e abuso de drogas. Ele chegou a abrir um clube em seu porão, para que seus funcionários bebessem e jogassem sinuca. Os funcionários, no entanto, eram adolescentes, e Gacy tinha um apreço doentio pelos do sexo masculino.
Em 1968, John foi condenado por abuso sexual de vários garotos. Os relatos indicam que ele atraiu as vítimas à sua casa sob falsos pretextos e depois as atacou. Autodeclarado culpado por sodomia, foi condenado a 10 anos de prisão e se divorciou.
O abusador ficou na cadeia por 18 meses, sendo liberado por boa conduta. Nesse curto tempo, ele conseguiu um aumento salarial aos funcionários do refeitório, aumentou em o número de presos, trabalhou para melhorar as condições de vida na cela e supervisionou a construção de um campo de minigolfe para o entretenimento dos prisioneiros.
Deram-lhe 12 meses de liberdade condicional, para que retomasse a vida em Chicago com sua mãe. Concordando, ele prometeu a si mesmo que não voltaria à cadeia.
Na condicional, conheceu sua segunda esposa, Carol Hoff. Também restabeleceu sua vida de entretenimento, quando ficou conhecido como Pogo, o Palhaço. O período também ficou marcado pelos assassinatos cometidos pelo maníaco.
No entanto, seu passado como palhaço e seus abusos infantis fizeram com que sua esposa começasse a questionar sua sexualidade. Assim, Gacy revelou sua bissexualidade. Apesar de negar conhecimento sobre os crimes, sua esposa admitiu à polícia que havia visto Gacy trazer garotos adolescentes à garagem da casa.
Após o divórcio, Gacy assassinou mais de 30 jovens adolescentes, muitos não identificados e indigentes de fora da cidade. Ironicamente, o palhaço sanguinário chegou a participar de grupos de busca de adolescentes assassinados para ajudar os familiares das vítimas.
Todavia, após o desaparecimento de um garoto de 15 anos em sua casa, o serial killer voltou a ser alvo da polícia. O rapaz foi visto indo à casa do assassino para perguntar coisas do trabalho e desapareceu. Em uma investigação realizada pela polícia, foram encontrados um anel de formatura e roupas infantis. Pouco tempo depois, 29 cadáveres foram descobertos no subsolo da casa do palhaço.
Com tudo isso, Gacy foi preso em 1977. Três anos após o julgamento, ele alegou insanidade esperando que pudesse ser inocentado pelo juiz. O que não aconteceu. O psicopata foi condenado à morte.
Após a condenação, ele largou sua máscara de homem bondoso e apelou para a imagem de louco agressivo. E nisso, passou 14 anos na prisão, aguardando a execução.
Na noite em que foi executado, Gacy desejou retornar às suas raízes juvenis e pediu um balde do KFC como última refeição. De acordo com relatos, suas últimas palavras foram de um decoro indescritível: "Beijem minha bunda!"
by: Chico Izidro
Fonte: Aventuras na História
No You Tube tem disponível um documentário dublado em português brasileiro de quase cinquenta minutos - muito bem produzido por sinal - por uma televisão a cabo estadunidense contando essa história toda. Vale a pena conferir; é muito bom.
ResponderExcluirBoa dica amigo...eu adoro documentários desse tipo...
Excluiragora, que maravilha que está fazendo palhaçadas no inferno sentado no colo do capeta...
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