O último sobrevivente conhecido do campo de extermínio nazista de Sobibor (na Polônia), Semion Rosenfeld, faleceu no dia 03 junho de 2019 aos 96 anos, anunciou o presidente da Agência Judaica, Isaac Herzog.
"Lamentamos a morte de Semion Ronsenfeld, que participou da rebelião de Sobibor. No horror da Shoá, ele se tornou um herói, apesar de tudo", afirmou Herzog em um comunicado. Rosenfeld morava em um asilo que pertencia à Agência Judaica.
Nascido na Ucrânia, Semion Rosenfeld, soldado judeu do Exército Vermelho, foi um dos 50 prisioneiros sobreviventes do campo de Sobibor e da Segunda Guerra Mundial.
De maio de 1942 até 1943 quase 250.000 judeus, procedentes em sua maioria da Polônia, mas também da Holanda, República Tcheca e Eslováquia, morreram no campo de Sobibor, na Polônia, ocupada pela Alemanha nazista.
Rebelião histórica
Em 14 de outubro de 1943, uma rebelião eclodiu em Sobibor, a mais importante e famosa na história dos campos de concentração nazistas. Quase 300 prisioneiros, entre eles Semion Rosenfeld, que tinha 21 anos, conseguiram fugir ao abrir uma brecha na cerca de arame farpado.
Os nazistas capturaram 170 rebeldes que conseguiram fugir e todos foram fuzilados. Antes do fim da guerra, os nazistas demoliram o campo de Sobibor para apagar os vestígios do centro de extermínio.
Em uma entrevista exibida em março por um canal de TV, Semion Rosenfeld afirmou que "o destino decidiu que seria um herói".
Toda sua família foi assassinada pelos nazistas, recordou Ronsenfeld, que ao final da guerra retornou à Ucrânia e depois, em 1990, emigrou para Israel.
Agradecimentos ao amigo Chico Izidro pelo envio dessa matéria.
(com informações da AFP)
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