Situada perto da cidade de Siauliai, a colina começou a tornar-se um santuário após a Revolta Camponesa de 1831, contra a Rússia. Estima-se que algo entre 10 e 20 mil pessoas perderam suas vidas nesta ocasião. As famílias que não conseguiram encontrar os corpos dos seus entes queridos colocaram cruzes em sua memória. Desde então, o local tornou-se um centro de peregrinação dos católicos lituanos, que vão lá para orar pelos seus mortos.
A colina mede 60 metros de altura, com largura de 40 metros. Milhares de cruzes, estátuas, entalhes, rosários, pinturas de santos e outras lembranças ou objetos significativos empilham-se no local. Estudiosos estimam que o número de cruzes seja superior a 200 mil. É costume dos visitantes deixar ali um crucifixo ou outro objeto de valor especial para ele. Portanto, o número de cruzes aumenta constantemente.
No início de 1940, a Lituânia foi ocupada pela União Soviética, e assim permaneceu por meio século. Os soviéticos proibiram as práticas religiosas e tentaram reprimir a cultura e atividade política do povo lituano, deportando milhares de pessoas para a Sibéria. Também houve o período de dominação pela Alemanha Nazista, quando 33% da população foi perdida devido ao Holocausto, execuções, prisões e emigrações forçadas. As pessoas viajavam até a Colina das Cruzes para lá colocar um crucifixo em memória dos condenados à vida na Sibéria.
Em 1959, o Governo Soviético baniu a construção e colocação das cruzes, dando início a uma malsucedida campanha para acabar com a colina e seu simbolismo. Houve várias tentativas de destrui-la com escavadeiras, com água, com fogo, enfim, varrer o local do mapa. Chegaram a postar guardas da KGB, e erguer barricadas para impedir as pessoas de colocarem mais cruzes. Porém, os lituanos, como forma de desafio, entravam no local à noite.
Há vários exemplos de construção de cruzes, uma forma de arte lituana. Por todo o país pode-se avistar crucifixos decorando casas, igrejas, cemitérios e à beira das estradas. Elas são adornadas de maneira intrincada, com padrões geométricos, flores, sóis, pássaros e a árvore da vida. São utilizadas como memoriais para os mortos em ocasiões significativas, para marcar antigos povoados, e oferecer proteção espiritual e segurança aos viajantes.
O local sagrado atrai também diversos casais que, no dia do matrimônio, levam uma cruz para adicionar à coleção. Eles acreditam que o ritual dá sorte e que Deus vai proteger a nova família que está se formando.
A colina é visitada por peregrinos do mundo inteiro, ficando especialmente movimentada na Semana Santa, em função da Páscoa do Senhor. Em 1993, o Papa João Paulo II visitou o local, que estava lotado por milhares de fieis que vieram para ver e orar com Sua Santidade. Ao dirigir-se à multidão, disse ele: "Obrigado, povo da Lituânia, por esta Colina de Cruzes que testemunha às nações da Europa e ao mundo inteiro a fé da gente desta terra."
Fonte: Tudo Por E-mail
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