Dias atrás foi ao ar aqui no blog Noite Sinistra uma matéria falando a respeito de um crime envolvendo a decapitação de duas crianças no Rio Grande do Sul (clique AQUI para recordar), sendo que um líder de um templo alegadamente satânico acabou sendo preso acusado de estar relacionado ao crime. Agora a polícia trás novas informações a respeito do caso, afirmando que as crianças teriam sido alcoolizadas e decapitadas vivas por criminosos. Elas também teriam sido alvo de atos de canibalismo.
Quando parece que o grau de crueldade no caso das crianças esquartejadas chegou ao extremo, surgem informações de barbárie ainda pior. Os novos detalhes apurados aprofundam as acusações sobre os suspeitos, que devem ser indiciados por homicídio e também por tortura.
O ritual encomendado por habitantes da cidade de Novo Hamburgo para atrair prosperidade acabou com a vida de irmãos da forma mais selvagem. Segundo a Polícia, eles foram alcoolizados com cachaça e decapitados ainda vivos. Depois, houve sessão de canibalismo. Os acusados teriam comido parte das coxas e bebido sangue das vítimas.
O circo de horrores que teria ocorrido no templo satânico de Gravataí, no início de setembro, repugnou até o mais experiente investigador. “Sou um homem de Deus. O que fizeram com essas crianças inocentes é abominável”, declara o delegado Moacir Fermino Bernardo, que responde pela Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo. Para matar os irmãos, teria sido usada uma espécie de foice bem afiada. Segundo ele, ingerir carne e sangue de mortos faz parte de sessões satânicas.
Fermino conta que o esquartejamento também está no roteiro do ritual. O propósito é enterrar as cabeças e posicionar as outras partes para formar um quadrado ou um losango – o tronco e membros foram encontrados no dia 4 de setembro, na beira da Estrada Porto das Tranqueiras, em Lomba Grande, e os pés e mãos apareceram duas semanas depois, do outro lado da via, a 400 metros de distância. “Esse tipo de ritual é muito difundido nos Estados Unidos e Uganda. Vamos continuar procurando as cabeças.”
"Trabalho" teria iniciado em uma igreja cristã
Depois de pagar R$ 25 mil ao bruxo, conforme revelado pelo Jornal NH no dia 07 de janeiro, o hamburguense teve uma missão inusitada. Segundo a Polícia, o primeiro passo do ritual foi ir a uma igreja católica. “Na frente do altar, ele teve que pingar uma gota de sangue do dedo em uma Bíblia aberta e renunciar a Jesus Cristo”, conta Fermino.
A Bíblia teria sido levada ao templo satânico, onde a ordem era não ser fechada por sete dias. Uma semana depois, conforme Fermino, Moloch, o demônio invocado em sacrifício de crianças, teria se manifestado.
Leia mais: Moloch e o sacrifício de recém nascidos
Depois de outras etapas, chegou o momento crucial diante do altar de Lúcifer: o sacrifício do menino de 8 a 10 anos e da garota entre 10 e 12 anos. O hamburguense que encomendou, parentes, o bruxo e discípulos teriam participado da alcoolização, decapitação, canibalismo e esquartejamento.
Ilustração de ritual de adoração a Moloch |
As cabeças e outras partes dos corpos foram colocadas em losango ou quadrado nas imediações das terras que o interessado no ritual pretende vender.
"Ele não teria coragem de matar uma criança"
Há oito anos trabalhando no templo satânico, a comerciante Adriana Machado Batista, 43 anos, afirma que o líder, chamado de mestre e bruxo, é inocente. “Coitado dele, que está tendo que aguentar todas estas calúnias. Quem conhece sabe que ele não teria coragem de matar uma criança. Eu não sei por que a Polícia não me ouviu ainda”, salienta. Segundo ela, o sangue não faz parte do ritual. “Já participei várias vezes. Nossos cultos têm muito salgadinho e bebida, mas nunca sangue. Nem de animal. A gente faz uma corrente pelas oferendas e não mais que isso. Não tem mistério nenhum.”
Caçada ao argentino continua
A Polícia mantém a caçada ao argentino que teria buscado as crianças no país natal para o ritual e mais dois supostos comparsas. Equipes já foram ao litoral e outras regiões do Estado atrás dos indiciados. Os três estão com prisão temporária de 30 dias decretada pelo Judiciário, assim como o líder do templo, o hamburguense que encomendou o ritual e um parente, capturados no último dia 27 de dezembro. Os nomes não estão sendo divulgados porque os mandados são relativos ao período de investigação.
Polícia faz buscas por restos mortais de crianças esquartejadas em casa de argentino foragido
A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizam, nesta quinta-feira dia 18-01-18, mais uma ação de buscas aos restos mortais das crianças que teriam sido sacrificadas em ritual macabro. Desta vez, a vistoria ocorre na casa do argentino suspeito de traficar os irmãos - um menino, entre 8 e 10 anos, e a menina, de 10 a 12. A residência fica no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, na mesma estrada onde partes dos corpos das crianças foram localizadas em setembro.
Pelo Twitter, os Bombeiros haviam informado, às 9h42min, que realizavam “busca de corpos desaparecidos”. Contudo, a mensagem foi apagada momentos depois. Procurada pela reportagem do jornal O Correio do Povo, a Companhia Especial de Busca e Salvamento informou que não pode se manifestar sobre o assunto. A Polícia Civil também não está comentando sobre as varreduras.
Testemunha viu suspeitos deixando caixas onde corpos de crianças foram encontrados (atualização 21-01-18)
O delegado responsável pelo inquérito que apura a morte e esquartejamento das duas crianças disse na manhã desta sexta-feira (19-01-18) que o surgimento de novas testemunhas reforça a hipótese de que os quatro suspeitos presos até o momento tenham participado do crime. Outras três pessoas também tiveram a prisão decretada e estão foragidas.
Imagens do interior do templo em Gravataí foram divulgadas pela Polícia Civil (Foto: Polícia Civil/Divulgação) |
"Temos uma outra testemunha que viu os investigados descartando caixas de papelão no local exato onde os corpos foram deixados. Essa testemunha indicou o local, reconheceu os investigados, mas disse que não tinha como saber que se tratavam de corpos porque estavam dentro de caixas de papelão", diz o delegado Rogério Baggio, titular da Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo.
Segundo ele, a testemunha conseguiu precisar quando viu a cena porque era dia do aniversário de seu filho. A data relatada é o dia 4 de setembro de 2017, quando a polícia encontrou os corpos na Estrada das Tranqueiras. Essa mesma testemunha relatou ainda ter visto uma camionete vermelha, que foi apreendida.
Até então, a polícia tinha uma testemunha chave no inquérito, que chegou a ser incluída no sistema de proteção, e que relatou ter visto o ritual com duas crianças no templo satânico, em Gravataí.
Baggio diz que agora a polícia tem ainda mais indícios "que comprovam que realmente houve ritual."
Polícia prende mais um suspeito (atualização 22-01-18)
Paulo Ademir Norbert da Silva, que era considerado foragido, é sócio de Jair da Silva, o homem que teria encomendado o ritual. Paulo é o quinto preso deste caso, e dois homens seguem foragidos.
O líder do templo investigado, Silvio Fernandes Rodrigues, é apontado como autor do suposto ritual, e está preso desde 27 de dezembro. Ele teve o pedido de liberdade negado pela Justiça, mas a defesa diz que vai recorrer.
Também estão presos dois empresários, que teriam contratado o ritual, e um ajudante de um deles.
A investigação começou após corpos terem sido encontrados em sacos plásticos em um matagal na cidade de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Após a primeira descoberta, mais partes foram encontradas, a cerca de 500 metros do primeiro lugar. As cabeças das vítimas ainda não foram localizadas.
Presos até agora
- Silvio Fernandes Rodrigues, líder do templo e apontado como autor do ritual;
- Jair da Silva, sócio que encomendou o ritual;
- Andrei Jorge da Silva, um dos filhos de Jair;
- Paulo Ademir Norbert da Silva, outro sócio do ramo imobiliário;
- Márcio Miranda Brustolin;
Foragidos
- Jorge Adrian Alves, argentino que teria feito a troca do caminhão roubado pelas crianças no país vizinho;
- Anderson da Silva, outro filho do sócio que encomendou o ritual;
Delegado diz que testemunhas mentiram, e Justiça solta suspeitos (Atualizado 12/02/18)
A Justiça concedeu na tarde de quarta-feira (7) liberdade aos cinco suspeitos presos pelo esquartejamento e morte de duas crianças em Novo Hamburgo (RS), na região do Vale dos Sinos, a 50 quilômetros de Porto Alegre. As investigações apuram que a morte dos meninos teria ocorrido em um suposto ritual satânico.
A decisão da juíza Angela Roberta Paps Duquerque, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo, ainda revogou os pedidos de prisão preventiva de outras duas pessoas que eram consideradas foragidas.
Na decisão, a juíza afirmou que novas informações coletadas no caso derrubaram o "conjunto probatório" que vinha sendo considerado até então. O pedido de soltura havia sido feito pelo delegado titular do inquérito, Rogério Baggio, com parecer favorável do Ministério Público.
Segundo o delegado, todas as provas colhidas pelos peritos atestaram ser insuficientes. "Foi mandado muito material para perícia, telefone, computadores, vestes, facas, um universo de objetos. Tudo está voltando negativo", afirmou em coletiva à imprensa dia 07/02.
Ele disse ainda que várias testemunhas ouvidas até o momento mentiram em seus depoimentos, o que obrigou as investigações a recomeçarem.
"O fato é que a partir de agora a investigação toda volta ao zero. O que nós tínhamos até aquele momento é uma farsa. As testemunhas que fizeram aqueles depoimentos mentiram, e mentiram com riquezas de detalhes", disse Baggio. "Há grande probabilidade, de 99%, de que estas pessoas são inocentes e estavam presas, estavam com sua liberdade restringida, o que é uma medida muito grave".
Um dos depoimentos considerados falsos, segundo o delegado, seria de uma testemunha que afirmou ter presenciado parte do ritual satânico ocorrido em um templo localizado em Morungava, área rural do município de Gravataí, a cerca de 30 quilômetros do local onde os corpos foram achados.
"Essa pessoa reconheceu sete dos envolvidos, supostamente criminosos, e hoje já se sabe que são inocentes", explicou. Ainda de acordo com Baggio, a testemunha teria mentido para ter direito a moradia, proteção policial e salário do programa Protege (Programa Estadual de Proteção, Auxílio e Assistência de Testemunhas ameaçadas).
As prisões haviam ocorrido a mando do delegado Moacir Fermino, que substituiu Baggio durante o período de férias do titular. Em uma entrevista realizada no dia 8 de janeiro, na qual informou sobre os pedidos de prisão, o substituto chegou a afirmar que "teve uma revelação divina" durante a fase de investigação e atribuiu a Deus o desfecho do caso e aos "profetas" que abriram os caminhos. A afirmação gerou polêmica, e uma reunião emergencial com a chefia da Polícia Civil foi realizada, resultando no afastamento do delegado.
Falsas testemunhas serão indiciadas
Ainda no dia 07-02-18, quarta-feira, agentes da Polícia Civil prenderam preventivamente uma outra pessoa ligada ao caso. A prisão ocorreu no município de São Leopoldo, na região do Vale dos Sinos.
Conforme o delegado Baggio, o preso poderá ajudar a esclarecer os motivos do crime, pois ele teria orientado o próprio filho a mentir em depoimento à polícia, para corroborar com a sua versão.
Todas as testemunhas que mentiram serão indiciadas por denúncia caluniosa.
Durante a coletiva de imprensa, o delegado ressaltou ainda não saber oficialmente a nacionalidade das crianças esquartejadas. No inquérito, havia a hipótese de que as crianças seriam argentinas.
Fontes: Jornal NH, Correio do Povo e G1
Quando amanhecer, você já será um de nós...
É impressionante que em pleno ano de 2018 ainda existam pessoas que cometam atrocidades em nome de algum "ser superior" seja ele do bem ou mal
ResponderExcluirConcordo totalmente com você amigo...é impressionante o quanto esse tipo de comportamento ainda pode ser encontrado na nossa sociedade...
Excluirn defendendo ninguem mas tudo que eles tem contra essas pessoas sao suposiçoes pq eles sao satanistas o assasino real pode estar solto ainda e fazendo vitimas
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