Octavia Hatcher, nascida Octavia Smith, filha de Jacob Smith, um colono da região de Pike County, em Kentucky. Em 1889, ela se casou com James Hatcher que era um empreendedor da cidade de Pikeville. A vida a dois de Octavia e James, ou Uncle Jim (Tio Jim) como era conhecido, seria trágicamente breve, mas sua união produziria um filho, Jacob, que nasceu pouco antes de sua mãe morrer. O bebê morreu logo após o nascimento, possivelmente levando Octavia à depressão e à doença que precederam sua própria morte.
E foi justamente a morte de Octavia Hatcher que acabou criando uma lenda que ainda faz parte de Pikeville. Octavia teria tido um filho, Jacob, que nasceu em janeiro de 1891 e só viveu alguns dias antes de morrer. Pouco tempo depois, Octavia foi levada para a cama, provavelmente sofrendo de depressão, e estava bastante doente. A doença piorou em abril daquele. Naquele mesmo anos ela entrou coma. Os médicos não conseguiram determinar uma causa e, quando ela morreu em 2 de maio, pensou-se que ela havia morrido de uma doença desconhecida.
Os serviços funerários foram realizados quase que imediatamente. Era uma primavera muito quente e, como Octavia não estava embalsamada, não se perdeu muito tempo para colocá-la no túmulo da família Hatcher.
Dias após a morte de Octavia, outras pessoas começaram a sofrer com os mesmos sintomas de coma que ela teve pouco antes de sua morte. Uma pesquisa realizada por Herma Shelton mostrou que esta doença era uma espécie de doença do sono, provocada pela picada de alguma mosca. Quando essa notícia começou a se espalhar, Hatcher e membros de sua família (alguns deles médicos) começaram a achar que esta poderia ter sido a mesma doença que Octavia contraiu. Seus medos se tornaram pânico quando perceberam que ela poderia ter sido enterrada viva.
Então, foi feita uma exumação de emergência e o caixão de Octavia foi aberto. Eles encontraram a jovem em um estado horrível. Aparentemente, o caixão não tinha sido hermeticamente fechado e Octavia conseguiu sobreviver por alguns dias, embaixo da terra. O forro na tampa do caixão tinha sido rasgado e destruído pelas unhas de Octavia e seu rosto tinha sido arranhado e contorcido em uma expressão de terror. Ela deve ter despertado de seu sono para se encontrar presa no caixão. Então, incapaz de escapar, ela, sem dúvida, sucumbiu a uma morte terrível.
Octavia foi enterrada mais uma vez, mas o coração de James estava partido por causa dos acontecimentos. Ele ergueu um monumento onde ela estava, com uma estatua de Octavia no topo.
O caso vira lenda popular
Com o passar dos anos, uma história estranha e perturbadora dos últimos momentos de Octavia Hatcher começou a ser contada e relatada em Pikeville. Eventualmente, como é o caso de muitas lendas, a história foi torcida e alterada até que grande parte da verdade fosse perdida.
Durante os anos em que Herma Shelton frequentou o Pikeville College, ela ouviu uma série de versões da história, todas diferentes. A versão mais comum conta que Octavia morreu enquanto ainda estava grávida. Isso se deu porque, durante o enterro, parentes e convidados ouviram um som estranho vindo de dentro do caixão. Quando abriram a tampa, descobriram que o bebê, Jacob, nascera da mulher morta. Ele só viveu um curto período de tempo e depois morreu.
Obviamente, esta história é falsa e um olhar sobre a sepultura da família Hatcher revelaria que a morte de Jacob foi antes da de Octavia em vários meses.
À medida que a história de Octavia Hatcher continuou a se espalhar, o conto tomou uma qualidade de “lenda urbana”. Estudantes e adolescentes de toda a região frequentemente iam ao cemitério na noite do Dia das Bruxas para beber e assustar uns aos outros. Eles alegaram que a estátua ganhava vida em certas noites e amaldiçoava os intrusos do cemitério.
Mesmo depois de as histórias sobre Octavia terem sido descartadas, rumores sobre o cemitério como sendo assombrado continuaram a ser espalhados. As pessoas que visitavam o lugar e, sobretudo, aqueles que moravam na colina onde o cemitério estava localizado, disseram ter ouvido, muitas vezes, gritos estranhos na escuridão e de ver um vulto enevoado nas proximidades do túmulo de Octavia.
Finalmente, no meio da década de 1990, a família Hatcher colocou uma pedra no cemitério que continha informações precisas sobre a morte de Octavia e colocou sua estátua em uma nova base de mármore. Eles também cercaram a área, na esperança de afastar os intrusos e vândalos.
Enquanto essas medidas conseguiram afastar pessoas, eles não fizeram nada para conter as histórias de fantasmas e manifestações sobrenaturais ao redor do túmulo. Herma entrevistou pessoas que moravam na colina perto do cemitério e ouviu sobre vários incidentes. Muitos deles expressaram medo de entrar no cemitério, especialmente à noite, e há uma forte crença de que o fantasma de Octavia Hatcher ainda caminha por lá.
Um casal contou a Herma que morava nas proximidades há mais de 30 anos e afirmou ter notado algo muito estranho por uns meses. De acordo com seu relato, o casal conta que ouviam o som da mulher chorando, vindo da direção do túmulo em várias noites. Uma vistoria da área revelou absolutamente nada de diferente no cemitério.
Outro casal, que se mudou para o bairro pouco tempo antes, foi avisado por vizinhos para esperarem festas e invasores no cemitério de noite, mas que ainda não tinham visto ninguém. No entanto, uma noite eles saíram para o próprio cemitério porque achavam que ouviram uma gatinha chorando na escuridão. Quando se aproximaram do túmulo de Octavia, de onde vinham os sons, o choro parou.
Então, o fantasma de Octavia Hatcher anda no Cemitério de Pikeville? Ou as histórias são nada mais do que mitos locais? De acordo com uma série de testemunhas confiáveis, coisas inexplicadas ainda ocorrem em torno do lugar onde sua vida terminou em terror. Será que essas testemunhas, que se consideram depressivas e ansiosas, estão vivendo como os últimos momentos de Octavia viva? Ou as aparições relatadas ao redor do túmulo são o espírito de Octavia enquanto ela ainda busca a paz?
Fonte: Ah Duvido
Por isso que eu tenho tafofobia.
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