A guilhotina foi um método de execução altamente utilizado no passado, principalmente na França, onde, durante a revolução francesa, cerca de 2794 pessoas perderam suas vidas nesse aparelho. Esse antigo método de execução já recebeu uma matéria especial aqui no blog Noite Sinistra (clique AQUI para saber mais a respeito).
Como visto no parágrafo acima esse instrumento de execução foi amplamente utilizado na França, e a última execução através do uso da guilhotina não completou 100 anos ainda e teve lugar em Marselha, no dia 17 de junho de 1939. A reação da população foi o que motivou a proibição de execuções públicas futuras por meio deste dispositivo.
Quem perdeu a cabeça naquele dia foi o alemão Eugen Weidmann, que começou a roubar em uma idade muito precoce e se tornou um criminoso mais procurados da França de antanho.
Os crimes de Eugen e seus comparsas
Quando ainda era adolescente, Eugen ficou cinco anos preso por assalto a mão armada, onde conheceu seus futuros parceiros no crime, Roger Million e Jean Blanc.
Após a libertação, os três homens começaram a trabalhar juntos para sequestrar e roubar turistas na área ao redor de Paris.
Eles roubaram e mataram uma jovem dançarina de Nova York, um motorista, uma enfermeira, um produtor teatral, um ativista anti-nazista e um agente imobiliário.
Depois de muitas investigações a polícia finalmente rastreou o endereço residencial de Eugen e no momento de sua prisão ele disparou contra os oficiais com uma pistola, ferindo-os, mas foi enfim subjugado e preso.
Após um julgamento badalado e com extensa cobertura da mídia, Eugen e Roger foram condenados a morte e Jean a 20 meses de prisão. A sentença de Roger foi posteriormente comutada para prisão perpétua.
A última execução publica pela Guilhotina
Na manhã de um cinzento sábado, em 17 de junho de 1939, Eugen foi levado à frente do Presídio de Saint-Pierre, onde uma guilhotina e uma multidão clamando e assobiando o esperavam.
Ele foi colocado na guilhotina, e o verdugo-chefe da França, Jules-Henri Desfourneaux, deixou a lâmina cair sem hesitação.
Estranhamente, em vez de reagir com observância solene, a multidão se comportou com ardência, usando lenços para remover o sangue de Eugen como lembranças.
A cena foi tão terrível que o presidente Albert Lebrun proibiu totalmente as execuções públicas, achando que, ao invés de servir de dissuasão ao crime, elas despertavam os instintos mais baixos da sociedade.
A guilhotina, originalmente inventada como um método rápido e relativamente humano de matar, continuou a ser usada em execuções privadas até 1977 (sim). A pena capital na França foi abolida em 1981.
Fonte: MDig
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