O Brasil é cheio de histórias e estórias curiosas e surpreendentes, por isso aqui no blog Noite Sinistra temos uma série especialmente destinada a esses fatos: falo das “Histórias e Lendas Brasileiras”. Nem sempre esses eventos possuem ligação direta com o tema central do blog, que é o Terror, mas isso não torna esses eventos menos interessantes e curiosos. Hoje compartilho com vocês uma matéria que me foi indicada pelo amigo e colaborador Elson Antonio Gomes, eu que fala de um assalto a trem acontecido muito antigamente.
A grande maioria de vocês já deve ter ouvido falar do Assalto ao Trem Pagador, ou melo menos a menção a esse tópico deve despertar em vocês alguma lembrança a cerca do termo. Bom, esse foi um crime ocorrido no ano de 1963 no Reino Unido e que popularizado através do cinema e de inúmeros livros contando a sua história. O assunto meio que se tornou um elemento Pop, não apenas na Inglaterra como também nos EUA.
O que poucas pessoas sabem é que em nosso país tivemos assaltos a trens pagadores muito antes do assalto ocorrido no Reino Unido em 1963. Hoje vamos falar do primeiro assalto ao trem pagador no Brasil que se tem notícia. O assalto ao trem pagador de Pinheiro Preto, estado de Santa Catarina.
A história se deu durante a construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, ferrovia que faz parte da história do nosso país não apenas pelo empreendedorismo e pioneirismo pela qual foi construída, mas também entra em nossa história por inúmeros conflitos que ocorreram durante a sua construção e enquanto estava sendo operada.
O trecho da ferrovia que hoje existe entre o Paraná e Santa Catarina foi construído pelo empresário norte americano Percival Farquhar. Tendo em vista a complexidade da obra, Farquhar recrutou milhares de trabalhadores por todo o Brasil e entregou vários trechos da construção para empreiteiros particulares.
Um desses empreiteiros era José Antônio de Oliveira mais conhecido na região como Zeca Vacariano. Na época ele possuía um armazém na localidade que mais tarde seria conhecida como Pinheiro Preto. No total ele era responsável por 2 trechos da estrada de ferro, mas como administrou mal o dinheiro que recebeu pela obra, não tinha mais fundos para pagar os trabalhadores que estavam alocados em seu trecho.
Zeca conhecia como os pagamentos eram realizados pela companhia e arquitetou um plano para assaltar o comboio que levaria o dinheiro para outros empreiteiros que tinham dinheiro a receber. O trem pagador deixava o malote no escritório da empresa na cidade de Ponta Grossa, o resto do caminho deveria ser feito a pé e os malotes levados com mulas, pois a estrada de ferro não estava completa nos trechos a frente.
No anoitecer do dia 24 de outubro de 1909, a comitiva levando o malote, passa em frente ao armazém de Zeca vacariano, local que ficava no atual quilômetro 208, do trecho União da Vitória-Rio Uruguai da extinta estrada de ferro São Paulo-Rio Grande.
Zeca vacariano pôs o seu plano em prática, atacou o comboio, matando os três seguranças e ferindo o administrador Jorge Baroni. Ao todo, roubou a quantia de 375 contos de réis, um enorme valor para a época. Com o sucesso da investida, Zeca fugiu da região. Apenas um de seus jagunços é preso e posteriormente inocentado por falta de provas.
Ainda hoje, no local onde ocorreu assalto, existe uma cruz que é conhecida como a cruz do vacariano, que foi erguida para homenagear os mortos no assalto.
Ao que tudo indica, Zeca e seu bando continuaram a viver no estado de Santa Catarina. Entretanto não se sabe ao certo em que local, informações dão conta de que permaneceram escondidos nas margens do Rio das Antas, na divisa com o Estado do Rio Grande do Sul, próximo de onde hoje é a cidade Catarinense de Mondaí. Dizem que ele nunca escondeu que havia saqueado um trem.
Algumas informações dizem ainda que Zeca e seu bando foram dispersados pela coluna Prestes quando a mesma passou pela região.
Agradecimentos ao amigo Elson Antonio Gomes pelo envio dessa dica.
Fontes: O Sabicão e Literatura na Rede
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