Combustão
humana espontânea (CHE) é a designação de uma Lenda urbana moderna segundo a qual corpos humanos podem
entrar em combustão sem uma razão aparente. O uso da CHE para explicar a combustão
de corpos humanos, tanto em relatos e notícias quanto na literatura,
compartilha características comuns tanto quanto às circunstâncias como quanto
aos restos mortais da vítima.
Casos
nos quais cadáveres queimados foram encontrados em locais que exibiam pouco ou
nenhum sinal de fogo já foram documentados, inclusive recentemente. Contudo, as afirmações de que esses
casos são o resultado de um fenômeno inexplicável são consideradas meras
especulações, pois faltam evidências científicas. A combustão espontânea de corpos
humanos nunca foi testemunhada por ninguém e também faltam as provas da
existência do fenômeno.
HISTÓRIA
O
primeiro relato conhecido de um caso de CHE é de autoria do anatomista dinamarquês Thomas Bartholin que, em 1663, descreveu como uma
mulher, em Paris, "foi
reduzida a cinzas e fumaça" sem que o colchão de palha em que dormia, fosse danificado pelo
fogo.
Pouco
depois, o francês Jonas Dupont relatou uma série de casos
semelhantes, na obra "De Incendiis Corporis Humani Spontaneis"
(1673).
No
segundo quartel do século XIX, M. J. Fontelle reviu alguns casos perante a Academia Francesa de Ciências (1833), tendo observado que
as vítimas tendiam a ser mulheres idosas que consumiam bebidas alcoólicas e que os danos do fogo não se
estendiam aos materiais inflamáveis como álcool ou querosene próximos ou mesmo
no corpo delas.
Em 2011, o investigador
irlandês Dr Kieram McLoughlin atribuiu a morte de Michael Faherty, de 76
anos, à CHE, sendo o primeiro destes casos em seus 25 anos de experiência.
Em 2013
a mãe de um bebê de três meses internado no Kilpauk
Medical College Hospital em
Xinin (Índia)
alegou que o mesmo havia sofrido queimaduras devido à combustão espontânea em
quatro diferentes ocasiões. O bebê, segundo a mãe, havia pego fogo
espontaneamente pela primeira vez aos nove dias de idade. Contudo, exames realizados com o bebê
não haviam revelado nenhuma anomalia com o mesmo, o que levou os médicos a
descartar a hipótese apresentada pela mãe, levantando ainda suspeitas de que as
queimaduras resultem na verdade de maus tratos por parte de seus pais.
CARACTERÍSTICAS
Existem muitos relatos de mortes atribuídas à CHE nos últimos 300 anos,
porém poucas delas foram analisadas por especialistas. Os
casos de mortes atribuídas à CHE por investigadores e contadores de histórias
ao longo do tempo apresentam algumas características em comum:
- A vítima é quase completamente consumida pelas chamas, geralmente no interior da própria residência;
- os primeiros a encontrar os corpos carbonizados relatam ter percebido o cheiro de uma fumaça adocicada nos cômodos onde o fenômeno ocorrera;
- os corpos carbonizados apresentam as extremidades (mãos, pés e/ou parte das pernas) intactas, mesmo que o dorso e a cabeça estivessem irreconhecíveis;
- o cômodo onde o corpo é encontrado mostra pouco ou nenhum sinal de fogo, salvo algum resíduo na mobília ou nas paredes.
Em casos raros:
- os órgãos internos da vítima permaneciam intactos, enquanto a parte externa era carbonizada;
- alguns sobreviventes desenvolveram queimaduras estranhas no corpo, sem razão aparente para tal, ou emanaram fumaça sem que existisse fogo por perto.
Contudo, a possibilidade de que um corpo humano entre em combustão de
forma espontânea é remota, por ser o corpo formado principalmente de água, e,
apesar de termetano e gordura,
é muito difícil queimar um corpo; a cremação,
por exemplo, requer temperaturas da ordem de 900 °C
1. Mary Hardy Reeser (1951)
Em 1951, na Flórida, os restos
carbonizados de Mary Reeser, de 67 anos, foram encontrados na cadeira em que
ela estava sentada, com nada mais fora o crânio, parte do pé esquerdo e o osso
da coluna. Mesmo com o corpo quase completamente incinerado, houve pouco dano à
sala – nada esperado para um incêndio típico.
O chefe de polícia local, J. R.
Reichet, enviou uma caixa com evidências para o FBI, junto com uma nota:
“Pedimos informações ou teorias que possam explicar como um corpo humano pode
ser tão destruído, o fogo confinado a uma área tão pequena e tão pouco dano à
estrutura do prédio, e a mobília do quarto nem mesmo chamuscada pela fumaça”. O
FBI respondeu com a teoria do pavio – um cigarro gerou o fogo.
2. John Irving Bentley (1966)
John Irving Bentley era um físico de
92 anos da Pensilvânia, encontrado morto em seu banheiro, queimado até a morte.
A única sobra do corpo de Bentley foi a metade inferior da perna direita, com o
pé ainda usando um chinelo. O corpo queimou tanto que as sobras foram parar no porão,
embaixo do banheiro. Um teórico acredita que as cinzas do cachimbo de Bentley
caíram nas suas roupas e os fósforos no bolso ajudaram no resultado. O que
parece ser um jarro de água quebrado estava na banheira, sugerindo que Bentley
tentou apagar o fogo, mas morreu antes de conseguir.
3. Henry Thomas (1980)
Henry Thomas, de 73 anos, foi
encontrado na sala de sua casa em Wales quase que completamente incinerado –
exceto pelos seus pés calçados e pernas abaixo dos joelhos, e o crânio. Metade
da cadeira onde estava também foi destruída, e o calor derreteu o controle da
televisão.
O policial John E. Heymer comentou
que “a sala estava inundada por uma luz laranja, que vinha das janelas e de uma
lâmpada. Essa luz é o resultado da luz do dia e da eletricidade sendo filtradas
por gordura humana evaporada e condensada nas superfícies. O restante da casa
estava completamente intacto”. A equipe forense afirmou que a morte foi
resultado do efeito pavio, sugerindo que Thomas caiu na lareira e sentou-se de
novo. Entretanto, Heymer discorda, dizendo que o oxigênio na sala fechada não
iria permitir o efeito, e ainda lembrou-se das bordas da calça da vítima – “que
pareciam queimadas por um laser”.
4. George Mott (1986)
Apenas um crânio encolhido e uma
costela foram encontrados depois que George Mott, um bombeiro nova-iorquino de
58 anos, queimou até virar cinzas, junto com a cama onde estava deitado.
Investigadores lançaram a ideia de que um arco elétrico e um vazamento de gás
tinham causado as chamas. Mott era conhecido como um fumante e bebedor pesado,
e não estava com a máscara de oxigênio que costuma usar.
5. Jeannie Saffin (1982)
Um dos poucos casos de combustão
espontânea em que uma testemunha esteve presente é o de Jeannie Saffin, uma
mulher de 61 anos com idade mental de seis. Saffin estava sentada com o pai, de
82 anos, na casa deles, em Londres, quando, de acordo com o testemunho do
homem, ele percebeu de relance um raio de luz.
Quando se virou para a filha, ele a
viu coberta de chamas mas sem movimento ou qualquer tentativa de apagar o fogo.
Ele tentou apagar o fogo, machucando as mãos no processo. Jeannie sofreu
queimaduras de terceiro grau na parte superior do corpo, mas morreu uma semana
depois, enquanto estava no hospital.
6. Michael Faherty (2010)
O irlandês Michael Faherty, de 76
anos, foi encontrado morto, com a cabeça perto da lareira, em sua sala. Os
danos no local estavam limitados ao teto acima de sua cabeça, o chão logo
abaixo, e o corpo, totalmente incinerado. A polícia, entretanto, não acreditou
que a lareira foi a causa do incêndio. O coronel afirmou que “esse fogo foi
investigado e eu fico com a conclusão de que isso entra na categoria de
combustões humanas espontâneas, para a qual não há explicação adequada”. Outros
acreditam que as cinzas do fogo tenham sido responsáveis.
7. Robert Bailey (1967)
Em um estranho caso de combustão
espontânea em Londres, um passageiro de ônibus avistou chamas azuis na janela
de um apartamento superior e presumiu ser um jato de gás. A testemunha chamou o
corpo de bombeiros, e Robert Bailey, um homem de rua, foi encontrado morto nas
quentes escadarias do prédio. Um bombeiro afirmou que as chamas azuis –
extinguidas com uma mangueira – estavam vindo de uma fenda no abdome de Bailey,
que ainda estava vivo quando começou a queimar.
Fontes: Wikipédia e Hypscience
Autora da Matéria
Me chamo Bruna, sou Gaúcha de Porto Alegre, 29 anos de idade. Dona dos blogs Cova do Inferno e Bariátrica em Foco. Cova do Inferno surgiu pela minha paixão pelo lado sombrio da humanidade. Aquele lado que algumas pessoas tem e outras tantas ignoram. Sou apaixonada por seriados policiais e meus favoritos são Bones, Criminal Minds, NCIS e Law and Order:SVU. Adoro uma teoria da conspiração e acredito que há algo grande nesse mundo que é governado por uma minoria que fez um pacto. Já o Bariátrica em Foco surgiu depois de uma cirurgia e de um seriado chamado Drop Dead Diva que fala sobre a aceitação das mudanças. E eles dois são meus amores, meus filhos. E agora também sou colaboradora do Noite Sinistra que é um dos meus blogs favoritos."
Quando amanhecer, você já será um de nós...
CONFIRA OUTRAS POSTAGENS DO BLOG NOITE SINISTRA
Links Relacionados:
Eu já tinha ouvido falar desses casos e sempre achei muito estranho, pois, apesar de a ciência afirmar que não há como esse fenômeno ocorrer, há provas que os corroboram, sem falar nos testemunhos. Além disso, o que me intriga muito é o fato de que geralmente não há testemunhas no momento em que se dá esse fenômeno. Coincidência?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir