A figuras de Acámbaro são uma coleção composta por mais de 32 mil peças encontradas em Acámbaro, no estado de Guanajuato, México, por Waldemar Julsrud. Essas estatuetas parecem representar dinossauros e pessoas de culturas do velho continente (lembrando que a história oficial afirma que o primeiro contato entre europeus e as terras da América se deu em 1492). Determinações não oficiais de carbono 14 estimam sua idade em 6000 anos.
Algumas pessoas afirmam que algumas figuras lembram dinossauros, outras pessoas afirmam que as figuras são como anacronismos. Alguns criacionistas afirmam a existência de tais figuras, servem como uma evidência para a coexistência de humanos e dinossauros, em uma tentativa de colocar em dúvida os métodos científicos de datação e potencialmente oferecer apoio a uma interpretação literal da Bíblia.
Embora haja muita discussão em relação a validade dessas figuras, e sobre suas idades e formas, elas representam mais um curioso mistério da história do mundo. Grupos de cientistas se dividem em relação a importância desse achado para solucionar alguns quebra-cabeças históricos e arqueológicos.
Descoberta
Em julho de 1945, Waldemar Julsrud, um comerciante alemão de antiguidades, e arqueólogo, estava em Acámbaro, localidade da região de Guanajato, México. Nessa época Julsrud estava então com 69 anos. Quando mais jovem em 1923, Julsrud havia conquistado um lugar de respeito na comunidade arqueológica ao revelar ao mundo a descoberta de um nova cultura, a Chupicauro, que florescera no México entre os anos 500 a.C. e 500 d.C.
Waldemar Julsrud percorria a cavalo a colina de El Toro, que domina a cidade, quando teria notado algumas peças de cerâmica que teriam aflorado do solo durante a estação chuvosa. Ao realizar as primeiras verificações no material encontrado ele teve certeza de que não se tratava de algum produto maia, azteca ou de outra cultura do México pré-colombiana conhecida.
Entrando em contato com os camponeses locais, começando com um pedreiro chamado Odilon Tinajero, solicitou-lhes que encontrassem mais peças, supostamente desconhecendo que se tratava de uma fantástica descoberta que causaria muita polêmica, pois grande parte das estatuetas de cerâmica retratavam dinossauros e seres humanos convivendo juntos. Algumas imagens inclusive mostravam dinossauros devorando humanos.
Cerca de 33500 peças foram encontradas entre os anos de 1945 e 1952. O mais impressionante era que nenhuma dessas peças era exatamente igual a outra, o que levou muitos estudiosos a acreditarem que elas não eram obra apenas um grupo de artesãos.
As espécies retratadas
São numerosas as espécies retratadas nas esculturas, em sua grande maioria dinossauros, outras vezes mamíferos extintos em diferentes épocas. Isso contribui para tornar ainda enigmática a coleção. Até mesmo um dente de Equs Conversidens Owen, um cavalo extinto do Pleistoceno, foi encontrado entre os objetos, que ainda agregavam pontas de lança, flechas e outros objetos indígenas, como vasos, máscaras e ídolos.
Grande parte era de cerâmica tarascana, um tipo de cerâmica indígena da região. Algumas das peças de cerâmica pareciam retratar vários diferentes povos de outras partes do mundo: esquimós, asiáticos, africanos, caucasianos com barba, mongóis, polinésios, e objetos que tinham conexão com os egípcios, sumérios e outros povos da antiguidade. A maior parte era de argila, mas havia várias peças de pedra decorada, e alguns artefatos de jade.
Havia também placas gravadas com desenhos de répteis e outros animais. E ainda estátuas humanas de 60 a 120 cm de altura. E pequenas múmias de 15 a 25 cm, e grandes cabeças de homens ou de animais.
A parte que mais chamava a atenção era a que mostra cenas de caça de homens perseguindo ou convivendo com dinossauros, extintos, como se sabe, há pelo menos 65 milhões de anos.
Tão numerosa é a coleção que foi criado um museu na própria cidade, para abrigar as peças.
Controvérsias
O Instituto Smithsoniano não quis nem saber, simplesmente relegou como falsidade e picaretagem todo o achado, embora muitas provas e contraprovas eram apresentadas em defesa do achado. Muitos habitantes da região testemunharam a favor de Julsrud, dizendo que viram de onde, e como, as estatuetas eram retiradas, sem que houvesse qualquer possibilidade de um artesão tê-las moldado ou colocado lá, até porque existiam vestígios das estatuetas estarem enterradas há muito tempo. Isso, entretanto não convenceu outros pesquisadores, que levantaram a hipótese do alemão ter sido enganado pelos espertos camponeses, que teriam resolvido tirar uma com a cara dele. Os camponeses teriam feito isso para se vingar de Julsrud, que pagaria um valor muito baixo pelo trabalho deles.
Até hoje o debate a respeito da veracidade das peças é acalorado. Muitos pesquisadores defendem a veracidade das peças, e ridicularizam a hipótese de que Julsrud tenha sido enganado pelos camponeses. Eles afirmam que produzir 33500 peças de cerâmica seria um atividade um tanto complexa para apenas "tirar onda" com Julsrud.
Os defensores da veracidade desse achado afirmam que muitas das criaturas extintas representadas nas esculturas eram desconhecidas pelos cientistas da época, isso inviabilizaria a criação de tais representações, ainda mais no caso delas terem sido feitas por camponeses, afinal se nem a ciência tinha conhecimento de tais espécies, como os camponeses teriam? Isso sem contar no dente de "Equs Conversidens Owen" encontrado em uma das figuras.
O grupo de estudiosos que adota a postura mais conservadora em relação ao assunto, rebate que muitas das representações podem se referir a diferentes tipos de animais, e consideram tendenciosas as alegações que determinada figura represente mesmo uma determinada espécie extinta, podendo na verdade representar um espécie animal local. Com relação aos dente, bem segundo as explicações desse grupo, ele teria simplesmente feito parte da matéria prima por coincidência.
Exame de Carbono 14
A datação por carbono 14 poderia botar fim as discussões a respeito do tema, mas isso acabou acalorando ainda mais os debates a respeito do assunto.
Fragmentos de uma estatueta foram analisados pelo Laboratório De Datação através do Rádio-Carbono da Sociedade Isótopos, Inc., em Westwood, Nova Jersey, e constatou-se que a matéria orgânica presente nelas tinha cerca de 3500 anos. Testes adicionais efetuados nos laboratórios da Universidade da Pensilvânia, com rádio carbono e pelo método da termoluminescência, usado para datar cerâmica, indicaram uma idade de cerca de 6,5 mil anos.
Leia Mais: As Misteriosas pedras de Ica (pedras dos dinossauros).
Para dirimir dúvidas, algumas estátuas forem entregues para análise a peritos, que não sabiam que proviam da coleção de Julsrud. Esse peritos consideraram a possibilidade de que as peças eram reproduções modernas. Porém, quando foram informados de sua origem controversa, estranhamente calaram-se.
Segundo alguns estudiosos, na datação por carbono o que se examina é a matéria orgânica presente, pelo que não é exatamente a estatueta que tem esta idade, mas a matéria orgânica que impregnada nela, e isso pode acontecer a qualquer momento, inclusive propositalmente.
Mas e as representações de animais extintos? Muitas estatuetas são representações bizarras, retratando homens com línguas bifurcadas, mamíferos com cabeças de aves, etc. Bom, artista é artista! Que podemos dizer das figuras nas obras de Pablo Picasso?
Julsrud levantou a hipótese de que a cerâmica seria originária de Atlântida. Segundo ele os Aztecas seriam um povo descendente de Atlântida.
Todavia, numerosas outras estatuetas semelhantes às de Acámbaro foram encontradas em tumbas em outras regiões do México, todas classificadas como falsas.
Fontes: Wikipédia e Portal do Planeta
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