Saudações amigos e amigas, hoje volto a publicar aqui no blog Noite Sinistra a dica de um livro. No texto abaixo falarei um pouco de “Irene”, uma ficção policial onde a polícia francesa se vê obrigada a lidar com um cruel serial killer. Um fato interessante sobre esse serial killer é que ele reproduz na trama um crime cometido na vida real, e que até os dias de hoje sem solução, o que faz dele um dos casos mais emblemáticos da criminologia mundial.
Irene é um livro de autoria do escritor francês Pierre Lemaitre, ganhador do prêmio “Crime Writers Association International Dagger” de 2013. O livro foi lançado no Brasil pela editora Universo dos Livros (clique AQUI para acessar a página da editora que fala do Livro).
“Peculiar, brutal, não é para os fracos de coração. É ficção criminal da mais alta classe...Grandiosamente construído e executado, elevando Lemaitre à classe de James Ellroy. Se vocês pegá-lo, não será capaz de largar.” – Geoffery Wansell, Dail Mail
“Irene é uma ficção policial de alto nível, digna da atenção internacional que tem recebido...Quando aceitei as representações da violência contidas no romance, achei poucas falhas em Irene...” – Patrick Anderson, The Washington Post.
Sinopse
Para o comandante Camille Verhoeven, a vida não poderia estar melhor: ele tem um casamento feliz e está esperando o primeiro filho com a amável Irene.
Mas sua rotina agradável é interrompida por um assassinato cuja brutalidade choca toda a Brigada Criminal. O caso se torna ainda mais sombrio quando são encontradas similaridades entre o crime e o assassinato hediondo relatado em Dália Negra, um romance policial de James Ellroy, publicado em 1987.
A imprensa, então, apelida o assassino de "O Romancista" e a investigação do caso se desenvolve com os dois homens – o comandante Verhoeven e O Romancista – sob o olhar público, e um está determinado a ser mais inteligente do que o outro. No entanto, só é possível haver um ganhador: aquele que tem menos a perder.
O Autor
Pierre trabalhou por muitos anos como professor de literatura. Até o momento, seus romances lhe garantiram críticas excepcionais de público, considerando-o um mestre do romance policial. Lemaitre ganhou o Prix du Premier Roman de Cognac 2006, o Prix du Meilleur Polar Francophone 2009 e o Prix du Polar European du Point 2010. O autor de Irene, em 2013 ganhou o prestigioso Crime Writers Association International Dagger Award. Também em 2013, foi vencedor do célebre Prix Goncourt, o mais importante prêmio literário da França, com o título “Au revoir là-haut”.
Premiações:
• 2006 – Prêmio de romances policiais do festival de Cognac;
• 2009 – Prêmio Lectrices Confidentielles;
• 2009 – Prêmio Francófono de suspense de Montigny les Cormeilles;
• 2009 – Prêmio Sang d’encre de Viena. Premiado na categoria de escritores “Goutte de Sang d’encre”;
• 2010 – Prêmio europeu de Ficção Criminal;
• 2012 – Prêmio de literatura policial de livros de bolso;
• 2013 – Prêmio Nancy de livros de criminologia;
• 2013 – Premiado pela Crime Writers Association Internacional Dagger;
• 2013 – Roman français préféré des libraires à la Rentrée;
• 2013 - Prêmio Goncourt 2013 – Prêmio literário mais prestigioso da França
Opinião sobre "Irene"
Como os amigos e amigas puderam ler na sinopse, o serial killer representado em Irene recebe o nome de “O Romancista”, isso porque ele reproduz crimes descritos em livros do gênero policial. Sendo que um dos crimes reproduzidos pelo Romancista é o assassinato de Elizabeth Short, que foi descrito na obra de James Ellroy, The Black Dália. Quem acompanha a blogosfera de terror sabe que o caso real do assassinato da aspirante a atriz, Elizabeth Short, na década de 40, é um dos grandes mistérios da história criminal, tendo entrado para os anais da história sob o codinome: o caso Dália Negra.
Eu, como grande amante de histórias de terror, logo me senti atraído por esse detalhe do livro, afinal ele mencionaria um dos assassinatos mais terríveis da história, e um tema sobre o qual eu tive a oportunidade de escrever aqui no blog. Mas engana-se quem pensa que esse é o único atrativo do livro.
Irene cumpre o que promete. As cenas dos assassinatos descritos no livro são muito bem detalhadas e densas, isso sem contar que os crimes são muito bem elaborados e sangrentos. O nível de descrição dos crimes faz o leitor sentir como se estivesse lendo um relatório policial. O trabalho dos agentes da Brigada Criminal é minuciosamente descrito, assim como as características dos membros da equipe, nos dando a impressão de fazermos parte da investigação.
De fato o ritmo do livro acompanha o da investigação retratada na obra: lenta e especulativa no início e frenética quando o grande emaranhado de nós atados pelo assassino parece começar a se desfazer sob os esforços de Camille e seus colaboradores. Essa “lentidão” inicial pode pesar contra a obra, pois leitores impacientes podem se sentir tentados a deixar a leitura de lado por alguns momentos.
A princípio eu faria a leitura de Irene paralelamente ao livro “O Pistoleiro” da série “A Torre Negra” de Stephen King, mas Irene prendeu minha atenção de tal forma que acabei deixando o livro de King de lado (em alguns momentos até deixei os estudos na faculdade de lado, mas quando as provas começaram a me atormentar tive com voltar correndo aos livros de Engenharia Mecânica). Quem me conhece sabe da minha devoção à obra de Stephen King, e pode ter uma ideia do quão significativo é esse fato, e do quanto gostei de Irene a ponto de deixar de lado um livro de King, ainda mais o primeiro da série "A Torre Negra" que é considerada por muitos como a obra máxima do escritor, e eu estava ávido para poder concluir a leitura desse ambicioso projeto.
Claro que o livro se torna previsível para algumas pessoas quando de fato conhecemos melhor a personagem Irene, mas não vou me aprofundar nessa crítica para não estragar a leitura de algum amigo ou amiga que se interessarem por esse ótimo livro, que eu recomendo fortemente.
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