Nove pessoas morreram em um tiroteio em uma igreja histórica em Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul, segundo as autoridades. O ataque teria ocorrido por volta de 21h (22h em Brasília) do dia 17-06-15, durante um culto.
O chefe da polícia da cidade, Gregory Mullen, disse que oito das vítimas foram mortas dentro da Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel. A nona vítima morreu pouco depois. Segundo ele, o crime teria sido motivado por ódio racial. As vítimas seriam seis mulheres e três homens.
De acordo com o chefe de polícia Greg Mullen, o suspeito participou da reunião na igreja na noite de do dia 17 e ficou no local por quase uma hora antes de matar o grupo. A polícia divulgou fotos do suspeito retiradas de vídeos de vigilância.
Logo após o ocorrido a polícia de Charleston informou no Twitter que persegue um suspeito branco, com cerca de 21 anos, de porte atlético, que estaria vestindo moleton cinza, calça jeans e botas.
Os canais de televisão também mostraram um jovem que corresponde a descrição do suspeito sendo algemado e levado por dois policiais, mas as autoridades alertaram que continuam em busca do atirador.
Além do Departamento de Polícia de Charleston, o FBI também participa das investigações. Helicópteros também sobrevoam a área na busca pelo suspeito.
"Esta é uma tragédia indescritível e comovente nesta igreja histórica", afirmou o prefeito de Charleston, Joe Riley, ao Courier jornal.
Um grupo de pessoas fizeram uma oração próximo a igreja. "Nós queremos respostas reais agora," pediu um dos sobreviventes.
Segundo o relato de alguns membros da igreja que sobreviveram ao ataque, o atirador teria se levantado no meio da cerimônia religiosa e antes de começar a atira ele teria dito que estava lá "para atirar em negros".
Segundo a rede “NBC”, um senador democrata estaria entre as vítimas. O reverendo Al Sharpton, líder de direitos civis em Nova York, tuitou que o senador Clementa C. Pinckney morreu no ataque.
A afiliada da "CNN" na região disse que Elder James Johnson, presidente da organização de direitos civis National Action Network na região, confirmou a morte do senador. O jornal “The New York Times” informou que Pinckney é reverendo no templo, mas não soube precisar se ele estava no local no momento do ataque. As informações ainda não foram confirmadas pelas autoridades.
Após o ataque, uma ameaça de bomba chegou à polícia local, que isolou o quarteirão onde está localizada a igreja.
Igreja histórica
A Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel foi construída em 1819 e é uma das mais antigas dos Estados Unidos. Um dos fundadores foi Dinamarca Vesey, líder de uma revolta de escravos em 1822. Todas as noites de quarta-feira há um estudo bíblico no local.
Prisão de um suspeito
Poucas horas após o ataque contra A Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, a polícia confirmou que havia prendido um suspeito de ser o autor do ataque.
Dylan Storm Roof, de 21 anos, foi detido em Selby, Carolina do Norte, cerca de 13 horas após o tiroteio em Charleston. A polícia disse que o atirador estava assistindo à reunião da igreja horas antes de abrir fogo contra eles. As autoridades federais investigam o caso como crime de ódio.
A polícia dos EUA havia divulgado o nome do jovem após ter acesso as imagens do circuito de segurança da igreja.
Nas imagens é possível ver também o veículo que o homem usou para fugir.
A polícia já estava à procura de mais informações que levassem ao paradeiro de Roof. A foto dele na mídia social mostra o jovem usando uma jaqueta com o que parecem ser as bandeiras da época do apartheid na África do Sul e na vizinha Rodésia, uma ex-colônia britânica que foi governado por uma minoria branca até se tornar independente em 1980 e mudar seu nome para Zimbábue.
Tensão racial
O crime representa um novo golpe para a comunidade afro-americana nos Estados Unidos, que nos últimos meses foi vítima de crimes aparentemente motivados por racismo, em particular homicídios cometidos por policiais brancos contra homens negros desarmados.
Este foi o caso de Ferguson em 2014 e o de Baltimore há algumas semanas, além de vários crimes similares ao cometido em Charleston que provocaram uma grande tensão racial no país.
Após o tiroteio em Charleston, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, fez um apelo aos moradores. "Minha família e eu oramos pelas vítimas e os parentes afetados pela tragédia sem sentido desta noite" na igreja, disse a governadora.
"Enquanto ainda ignoramos os detalhes, sabemos que jamais entenderemos o que motiva uma pessoa a entrar em um dos nossos locais de oração e tirar a vida de outros."
Jeb Bush, pré-candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, que deve participar de um comício em Charlotte, na Carolina do Norte, escreveu no Twitter que "nossos pensamentos e orações estão com os indivíduos e famílias afetadas pelos trágicos fatos de Charleston."
A pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou na quarta-feira de um ato eleitoral na cidade, escreveu no Twitter: "Notícias terríveis de Charleston. Meus pensamentos e minhas orações estão com vocês".
Mike Huckabee, outro republicano que sonha com a candidatura à Casa Branca, também expressou pêsames.
Fontes: Último Minuto e G1
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