A 5ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre investigava o desaparecimento da idosa Vilma Jardim, 76 anos, desde o dia das mães deste ano, quando foi registrada ocorrência. Nesta sexta-feira (29-05-15), os agentes desvendaram o caso e descobriram que houve um assassinato.
A vítima foi morta dentro de casa e o principal suspeito é o próprio filho, Ricardo Jardim, 56 anos, que foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, mas também vai ser pedida prisão dele por homicídio. Além disso, ele teria mandado fazer um móvel sob medida para colocar o corpo da vítima e depois, segundo apuração policial, concretou com cimento cola.
O Crime
A delegada Jeiselaure de Souza destaca que o corpo de Vilma foi localizado no apartamento dela, na Rua Anita Garibaldi, no Bairro Mont Serrat. No momento da prisão, o filho estava se desfazendo de vários documentos da mãe, inclusive, referentes à agência bancária.
Em um primeiro momento, ele foi ouvido como testemunha e disse que a mãe estava no estado do Paraná. No entanto, familiares desconfiaram do comportamento dele. A polícia voltou a ouvir Ricardo Jardim hoje que acabou confessando que teria cometido o crime devido a brigas e desavenças com ela. No entanto, a delegada conta que havia um seguro de R$ 400 mil em nome da idosa e este fato pode ser um dos motivos do crime.
“Quando ele veio na delegacia para prestar depoimento ele se contradisse muito”, contou a delegada. A partir de então ele passou a ser monitorado por policiais que verificaram que, após o depoimento, ele jogou documentos no lixo, além de indícios de que ele poderia fugir.
Vizinhos contam que, ainda em abril, antes do registro da ocorrência feito por outro filho da vítima, ouviram gritos e vários barulhos no apartamento. Após isso, ele foi visto adquirindo veículos, equipamentos de informática, entre outros. A polícia acredita que ele estava usando dinheiro da conta bancária de Vilma Jardim, já que ainda não havia decisão sobre o pagamento do seguro.
“Nos contaram que ele mudou o padrão de vida e acharam estranho porque ele recebia em torno de R$ 300 por semana”, conta a delegada Jeiselaure.
A polícia ainda não sabe como a vítima foi assassinada, já que o corpo estava em avançado estado de decomposição. Somente com a perícia para saber de que forma a idosa foi morta.
O filho dela, quando foi preso, estava de posse do passaporte, o que indica que poderia estar pensando em fugir do País. Ele está separado da esposa e tem dois filhos. A reportagem solicitou à polícia o telefone do advogado do suspeito e tenta contato para fazer um contraponto.
Fonte: ClicRbs
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