Saudações galera atormentada. Ontem publiquei um texto falando da peste Bubônica, ou peste Negra, e de como ela dizimou 1/3 da população europeia durante a idade média (clique AQUI para recordar). A postagem de ontem foi uma entrada para o texto de hoje, que abordará surtos atuais dessa doença, causada pelo agente etiológico Yersinia pestis - que é transmitido de animais a seres humanos graças as pulgas, ou de ser humano para ser humano -, em alguns locais do mundo.
Conforme eu já havia escrito nos comentários da postagem de ontem, em um texto do médico brasileiro Drauzio Varella (ver fonte abaixo), ele afirma que: "Em 2011, os resultados publicados na revista Nature mostraram que a Yersinia pestis daquela época está extinta, de fato. O genoma desse ancestral, no entanto, é bastante similar ao da bactéria de hoje."
Atualmente a doença não é tão mortal quanto era séculos atrás, muito disso graças as novas técnicas médicas e remédios, porem condições de cidades mega povoadas e a facilidade de viajar de um canto a outro do planeta, são apontados como agentes complicadores no caso de uma nova epidemia da doença.
Novos surtos da doença preocupam a OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) soltou um alerta que fez o mundo tremer. Desta vez, o problema não é o Ebola, mas sim um possível novo surto da peste bubônica em Madagascar, um país da costa sudeste da África.
De acordo com a OMS foram confirmados ao menos 119 casos da doença até o final do ano passado. A doença já teria matado cerca de 40 pessoas (outras fontes afirmam que o número de mortes é de 71 e o número de casos chegou a 263 - fonte).
O surto, que começou em novembro do ano passado, apresenta dimensões preocupantes. A doença é transmitida por pulgas que fazem a ponte entre os ratos contaminados e os seres humanos. Seria fácil combatê-las, mas elas criaram resistência até aos inseticidas de primeira linha.
Em alguns sites e fóruns americanos, fala-se que há relatos de uma doença parecida com a peste negra em alguns povoados na África continental. Porém o assunto não teria ganhado muita atenção da mídia mundial devido ao surto de Ebola.
No mês de junho do ano passado uma notícia havia sido veiculada em alguns sites brasileiros (o G1 por exemplo), que falava de um caso acontecido na china. Segundo o noticiado que uma cidade chinesa foi isolada e 151 pessoas colocada em quarentena, depois que um homem morreu de peste bubônica. O caso teria ganhado as manchetes dos jornais locais no dia 22 de julho.
As 30 mil pessoas que vivem em Yumen, na província de Gansu, foram impedidas de sair do local. Bloqueios foram feitos à cidade, para evitar a saída e entrada de pessoas, o que poderia levar a um propagação da doença, de acordo com a emissora estatal "China Central Television" ("CCTV").
Relatos dizem que no início do mês a vítima, de 38 anos, encontrou uma marmota morta. Ele pegou o animal e o cortou para alimentar seu cão. No mesmo dia, desenvolveu a febre e foi levado ao hospital quando seu estado piorou e morreu poucos dias depois.
A notícia envolvendo a China causou uma certa agitação, afinal de contas os dados foram liberados por jornais estatais (todos sabemos como o governo chinês é "cuidadoso" com as notícias que são liberadas para o público geral), o que leva muitas pessoas a afirmar que o surto pudesse ser maior do que estava sendo divulgado. Um indício para isso seria o fato de uma cidade com 30 mil abitantes ter sido isolada pelas autoridades chinesas.
Em 2013 um parque áreas de um parque nacional de Los Angeles, nos Estados Unidos, foram fechadas e evacuadas depois que autoridades identificaram um esquilo infectado com peste negra. Além desse animal, outros dois cães — encontrados no Novo México — também foram identificados com o mesmo problema.
Segundo a OMS em 2013, foram registrados 783 casos no mundo todo, com 126 mortes contabilizadas.
Enchentes recentes deslocaram milhares de pessoas e um número inimaginável de ratos, o que levou a peste a se alastrar.
A organização informa que as pulgas que transmitem a doença de ratos para humanos desenvolveram resistência ao inseticida, o que tem dificultado muito o controle da doença.
A descoberta de animais infectados em áreas próximas de cidades densamente povoadas, como Los Angeles, coloca em alerta os agentes da OMS.
O mundo a beira de uma pandemia
Ainda em 2013, publiquei aqui no blog Noite Sinistra uma postagem que falava que muitos cientistas ao redor do mundo acreditavam que o mundo estaria a beira de uma gigantesca pandemia (clique AQUI para ler). Esse texto coloca o surgimento de superbactérias resistentes aos antibióticos, como possíveis agentes causadores de epidemias mortais em escala global.
Vírus e bactérias mortais sempre foram apontados como possíveis agentes causadores da extinção humana. Porém quando pensamos no assunto, costumamos considerar apenas uma epidemia por vez, o que é um grande erro. Um único tipo de epidemia não seria capas de varrera a raça humana da terra, mas a ocorrência de várias epidemias simultâneas sim. Quase que anualmente somos atacados por uma pandemia diferente - gripe suína, ebola, etc. Essa pequena diferença de tempo entre uma epidemia e outra mostra que as condições para a proliferação desse tipo de evento são favoráveis.
Parece questão de tempo para que sejamos atingidos por mais de um vírus e bactéria simultaneamente. Imaginem um cenário onde tivéssemos que lidar ao mesmo tempo com surtos de peste negra, ebola e um nova variação da gripe (ao estilo gripe suína, ou pior, gripe espanhola). Pois esse cenário assustador é possível segundo alguns estudioso da área.
Fontes: Hypescience, Drauzio Varella, R7 e G1
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