Saudações amigos e amigas, hoje conheceremos um santuário japonês localizado na cidade de Kyoto, onde os visitantes poderão observar inúmeros narizes e orelhas, que foram coletados de combatentes coreanos mortos quando o Japão tentou dominar esse país nos anos de 1592 até 1598. Venham comigo conhecer um pouco mais desse macabro lugar.
O período Sengoku do Japão foi uma época caracterizada por convulsões sociais, intrigas políticas e constantes guerras entre os clãs. Nessa parte da história japonesa, os guerreiros do país tinham o costume de pegar troféus humanos para si, mais especificamente as cabeças dos inimigos mortos no campo de batalha. Quase sempre, os senhores feudais pagavam seus soldados com base no número de cabeças decepadas que os mesmos traziam para ele depois das batalhas.
Por volta de 1585, Toyotomi Hideyoshi se tornou o maior senhor feudal do Japão, dando fim ao período Sengoku. Hideyoshi é apropriadamente considerado como o segundo "grande unificador" do Japão. De 1592 a 1598, o japoneses recém-unificados travaram guerra contra a Coréia, naquela que ficou conhecida como guerra Imjin. O objetivo final da ofensiva era conquistar a Coréia, os jurchens, a dinastia Ming na China e a Índia. Durante esse tempo, o ato de recolher troféus de guerra ainda era altamente incentivado entre os combatentes japoneses. No entanto, devido ao grande número de soldados e civis coreanos que foram mortos no conflito, e também devido à superlotação nos navios que transportavam as tropas, era muito mais fácil levar para casa as orelhas e narizes das vítimas, em vez de cabeças inteiras.
Toyotomi Hideyoshi |
As orelhas e narizes arrancados dos coreanos mortos durante a guerra, eram levados ao Japão em barris de salmoura. É impossível ter certeza de quantas pessoas foram mortas, mas as estimativas chegam a colocar o número em um milhão. Por mais sinistro que possa parecer, uma perturbadora quantidade de narizes e orelhas decepadas foram preservadas em vários monumentos japoneses. O maior deles é o templo Mimizuka (monte das orelhas). Uma fonte afirma que o nome original para esse templo era Hanazuka, ou monte dos narizes. Nele estão guardadas as partes mutiladas de pelo menos 38 mil coreanos. O tétrico santuário está localizado em Kyoto, no Japão. O Mimizuka foi dedicado em 28 de setembro de 1597. As razões exatas dele ter sido construído são desconhecidas, já que era incomum para os japoneses enterrar um inimigo, ou restos deles, em santuários budistas.
O Mimizuka não está sozinho. Outros templos desse tipo, que datam do mesmo período, são encontrados em vários lugares do Japão, como a tumba de narizes de Okayama. Com o advento da internet, os próprios cidadãos japoneses começaram a aprender sobre o Mimizuka, já que ele e os outros monumentos similares, eram quase desconhecidos do público japonês.
Embora esse santuários raramente sejam mencionados nos livros didáticos japoneses, a maioria dos coreanos está bem consciente da existência dessas tétricas estruturas. Para grande parte deles, templos como o Mimizuka são vistos como um símbolo da crueldade japonesa, algo cuja simples existência fere a dignidade da Coréia, enquanto que outros cidadãos do país defendem que tais edifícios devem permanecer em pé, para manter viva a lembrança da selvageria cometida contra seus antepassados. O assunto é polêmico. Até hoje, quase todas as pessoas que visitam o Mimizuka são coreanas, talvez devido ao fato de que a maioria dos guias turísticos japoneses não menciona o templo, nem qualquer coisa sobre sua perturbadora história.
Acesso Mimizuka
A maneira mais fácil de chegar a Mimizuka é seguir o caminho que leva á Shomen-dori, sul de Gojo-dori e norte de Shichijo-dori, no lado leste do rio Kamo. Deve-se viajar para leste, até um pouco antes de chegar ao portão de Torii, no santuário de Toyo. A direita poderá ser observado o templo Mimizuka.
A Guerra Imjin
A Guerra Imjin foi um conflito que ocorreu no período de 1592 até 1598 e teve o envolvimento de três países asiáticos: Japão, China, e Coreia. Esse conflito foi marcado pelo regente japonês Toyotomi Hideyoshi, que foi conhecido como um dos grandes pacificadores do país, querer conquistar a China solicitando o apoio da Dinastia Joseon (a ultima família e a de mais larga duração no reino da Coreia, iniciando por volta de 1392 e terminando por volta 1910), para que tenham um livre acesso na península Coreana.
O Japão pediu essa ajuda a Coreia, porém esse pedido foi negado, pois o Estado Coreano era um vassalo da dinastia Ming (que governou a China no período de 1368 a 1644). Assim sendo, o governante japonês Toyotomi Hideyoshi convoca alguns senhores feudais (conhecidos também como daimyõs) que começam a preparar várias tropas e planejam a invasão do pais, que teve inicio por volta de 1592.
O Japão consegue fazer com que suas tropas tenham um rápido avanço pelo território Coreano, até que o Almirante Yi, um dos grandes homens da Coreia, cortou totalmente o fornecimento de recursos para os invasores, obrigando-lhes assim a frear todo esse avanço que tinham conseguido. A partir disso todo o exercito Coreano, junto com o exercito Chinês, obriga que o governo do Japão inicie relações absolutamente diplomáticas e de paz com China no ano de 1593.
Em 1597 o conflito toma novos rumos, quando retornam as hostilidades, tendo o fim no ano de 1598 com a retirada de todas as tropas do território Chinês seguindo a morte do regente Japonês Hideyoshi.
Esse conflito foi o primeiro da história da Asia a utilizar um grande numero de pessoas fazendo parte do exército e foi marcado também pela utilização de armas muito modernas para a época, representando também um dano muito grande para a Coreia. Esse país sofreu perdas muito grandes de suas terras cultiváveis, cerca de 66% dessas terras foram perdidas. Outra perda muito grande e de muita importância aconteceu no aspecto histórico e cultural, pois grandes (e muitos) registros foram queimados junto com vários palácios imperiais em Seul.
Esse conflito pode ser conhecido por vários nomes como: Invasões de Hideyoshi à Coreia, Guerra dos Sete Anos, Invasões Japonesas na Coreia ou Guerra Renchen para defender a Nação. Recebe também o nome de Guerra de Imjin, por ter acontecido justamente durante o ano conhecido como Renchen ou Imjin do ciclo sexagenário na China e na Coreia.
Fontes: Kid Bentinho, Brasil Escola e Japan Visitor
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