Saudações galera atormentada. Hoje falaremos de Richard Ramirez, ou “The Night Stalker” (o perseguidor da noite), como esse serial killer se tornou conhecido. Ramirez atacava desde crianças até idosos, sem distinção de sexo. A forma com que ele assassinava suas vitimas também não apresentava um padrão, hora ele usava um martelo, outra hora usava arma de fogo e facas. Ramirez se tornou uma espécie de pop star entre os serial killers, tanto que depois de preso e condenado muitas eram as mulheres que o visitavam. Venham comigo conhecer um pouco mais desse serial killer, estuprador e satanista.
Nascido no Texas, no dia 29 de fevereiro de 1960 (ano bissexto), Richard Ramirez era o caçula de 5 irmãos, filho de Julián Ramírez e Mercedes Muñoz. Sua família era pobre, seus pais haviam imigrado do México para os EUA. O pai de Ramirez era acusado de bater constantemente nas crianças, sempre que algum delito, por menor que ele fosse, tivesse sido cometido por uma das crianças. Por causa da violência de seu pai, Richard desenvolveu o hábito de passar longos períodos de tempo na rua, e em cemitérios, onde chegou a passar a noite em muitas ocasiões.
Apesar da violência física amplamente usada como forma de punir qualquer mau comportamento das crianças, a família Ramirez era tida como unida.
A mãe de Richard tentava educar seus filhos de acordo as normas da religião católica, da qual ela era seguidora fervorosa.
Ainda criança, Richard Ramirez começou a ter crises convulsivas, mas que posteriormente cessaram.
Por uma época, Richard Ramirez teve bom desempenho escolar. Depois, passou a não ir muito à escola – preferia jogar jogos eletrônicos em fliperamas. Ele acabou entrando no vício em maconha de maneira precoce.
Uma má influência
Richard tinha um primo, cujo nome era “Mike” (Miguel Valles), que havia lutado no Vietnã. Mike mostrava a Ramirez fotos onde ele aparecia torturando inimigos capturados. Mostrava também fotos de mulheres vietnamitas que ele dizia ter estuprado. Mike afirmava a Richard que quando fazia tais coisas ele se sentia como um Deus. Nessa época os dois estavam sempre juntos, e Mike acabou ensinado ao jovem Richard técnicas de caça.
Mike (fonte: O Aprendiz Verde) |
Certo dia a esposa de Mike começou a reclamar dele, pois o mesmo passava os dias em casa sem fazer nada. Ela exigia que o marido procurasse um emprego. Mike pegou uma de suas armas e atirou no rosto da esposa, que morreu no local. Ramirez que tinha 13 anos nessa época presenciou tudo. Ele afirmou mais tarde que naquele dia provou o sangue da esposa do primo, e isso fez ele sentir uma conexão mística. Mike acabaria se suicidando pouco tempo depois.
Ramirez começa a adorar o Diabo
Apesar da mãe de Ramirez ser uma religiosa fervorosa, que exigia que os filhos frequentassem a igreja e fossem catequizados, Ramirez passava a dedicar cada vez mais tempo a suas pesquisas a respeito do Diabo. Nessa época ele passou a desenhar pentagramas por seu corpo.
Richard sai de casa
Aos 18 anos de idade Ramirez saiu de casa e seguiu para a Califórnia. Lá ele passou a roubar, e por esses roubos ele foi preso em duas oportunidades. Uma das vezes ele foi acusado de roubo de carro, outra vez foi pego portando maconha. Nessa época ele passou a usar grandes quantidades de cocaína e de bebidas alcoólicas.
Richard havia deixado seus dentes apodrecerem como uma forma de protesto. Isso dava a ela um ar ainda mais assustador. Tanto as drogas, como as ideias doentias e a vida de delitos comoçavam a encorajar Ramirez a dar o “próximo passo”.
Vítimas
O próximo passo seriam os assassinatos e as agressões sexuais. Richard não possuía uma padrão de vítima, mas sempre que atacava algum casal ele seguia um método: atacar e matar o homem, para depois abusar e matar a mulher. O pentagrama também foi encontrado em várias cenas de crimes, tornando-se uma espécie de marca macabra.
Mei Leung
Mei Leung de nove anos de idade, foi encontrada morta no porão do hotel onde morava com a família em São Francisco, no dia 10 de abril de 1984. Ela havia sido espancada, estuprada e esfaqueada. O corpo havia sido encontrado pendurado em um cano. O assassino só foi identificado muitos anos depois de sua morte, após ser criado um banco de dados contendo o DNA de assassinos. Um teste de DNA em 2009 provou que o DNA de Ramirez estava nessa cena de crime.
(fonte: O Aprendiz Verde) |
Jennie Vincow
No dia 28 de Junho de 1984, após ter passado uma noite usando cocaína, Ramírez retirou o vidrou e penetrou na casa de Jennie Vincow, uma senhora de 79 anos natural da cidade de Glassell Park (Los Angeles). O filho da senhora Vincow, Jack, descobriu o corpo da mãe na tarde do dia seguinte. Estava deitada na cama, o cadáver apresentava marcas de ter sido esfaqueado repetidamente, e a garganta havia sido tão profundamente lacerada que quase havia provocado a decapitação. Ramírez vasculhou a residência, furtando diversos objetos. A polícia conseguiu retirar marcas de impressões digitais do vidro da janela. A autópsia, posteriormente realizada ao corpo, revelou sinais de abuso sexual.
Maria Hernandez e Dayle Okazaki
No dia 17 de Março de 1985, Maria Hernandez, de 22 anos, foi abordada quando saía de seu carro na garagem do condomínio em que morava com a colega de quarto, Dayle Okazaki, de 34 anos, na cidade de Rosemead.
Maria Hernandez descreveu Ramírez como sendo alto, vestido todo de preto, com um boné de basebol puxado para a frente da cara e empunhando uma arma. Ramírez disparou contra o rosto da jovem enquanto ela tentava erguer os braços, em sinal de rendição. A bala atingiu Hernandez na mão, em que ela segurava as chaves do carro. Com muita sorte o projétil atingiu as chaves, provocando poucos danos a vítima, que atirou-se no chão fingindo-se de morta. Ramirez acreditou na simulação da garota, e invadiu o condomínio.
Hernandez fingiu-se de morta por algum tempo, e depois tentou fugir do local, mas ao chegar na entrada do edifício ela se deparou com Ramirez. Maria Hernandez se escondeu atrás de um carro e aos gritos passou a suplicar por sua vida. Ramirez acabou fugindo sem atacar Maria novamente.
Depois de se sentir segura Maria correu imediatamente para o apartamento que dividia com sua amiga, mas ao entrar no local descobriu o corpo sem vida de Okazaki no chão da cozinha. Ela havia sido baleada na testa a queima roupa. Maria Hernandez chamou a polícia. A autópsia recuperou uma bala calibre 22 no crânio de Okazaki.
(fonte: O Aprendiz Verde) |
Tsia-Lian-Yu
Na mesma noite do ataque citado acima, 17 de março de 1985, o carro conduzido por Tsia-Lian Yu foi forçada a parar por um outro carro conduzido por um homem, posteriormente identificado como sendo Ramírez, perto de Monterey Park. Ramírez aproximou-se do automóvel de Yu e puxou-a para o exterior.
Após escutar o som de uma mulher gritando por ajuda, Joseph Duenas veio ao exterior da varanda do seu apartamento, localizado num segundo andar. Duenas voltou a entrar no apartamento e telefonou à polícia. Posteriormente regressou à varanda e observou um homem empurrar Yu, entrar no carro dela e abandonar o local em alta velocidade. Ao fugir Ramírez passou por outro carro onde se encontrava Jorge Gallegos e sua namorada que conseguiram observar o condutor de perfil. Ambos os homens testemunharam, posteriormente, no julgamento de Ramirez.
Yu rastejou para o lado da avenida e permaneceu no local imóvel. Quando a polícia chegou ao local ela estava inconsciente, pois havia sofrido uma parada respiratória. Os oficiais aplicaram técnicas de reanimação até a chegada da ambulância. Tsia-Lian Yu foi declarada morta no hospital Lake House Inn. A autópsia revelou que ela havia sido baleada duas vezes a queima roupa no peito. Os projéteis coincidiam com o encontrado na autópsia de Dayle Okazaki.
Vicent e Maxime Zazzara
Na manhã do dia 27 de Março de 1985 foram descobertas mais duas vítimas. Vicent Zazzara, de 64 anos, era um analista de investimentos aposentado, que administrava a sua própria pizzaria. O seu corpo foi descoberto, pelo filho Peter, que havia vindo visitá-lo. Após tocar à campainha por diversas vezes decidiu entrar na habitação. O corpo de Vicent encontrava-se no sofá, baleado na zona temporal esquerda. Aparentava ter sofrido morte imediata. O corpo da sua esposa, Maxine Zazzara, de 44 anos de idade, foi descoberto estendido na sua cama sem roupas. Os seus olhos haviam sido retirados e ela havia sido esfaqueada, repetidamente, na zona da face, pescoço, abdômem e virilhas. A zona peitoral apresentava uma grande ferida em forma de T na mama esquerda. A autopsia posterior revelou que, tal como o marido, havia sido baleada na face, sofrido morte instantânea, sendo as facadas e a mutilação realizada post-mortem. A habitação havia sido vasculhada e assaltada.
(fonte: O Aprendiz Verde) |
William e Lillian Doi
No dia 15 de Abril, duas semanas após os homicídios de Vicent e Maxime Zazzara, Ramírez regressou a Monterey Park e forçou a entrada na casa de William e Lillian Doi, de 66 e 63 anos de idade respectivamente, acordando-os. Ramírez baleou primeiro William Doi acima do lábio esquerdo, a bala atravessou a sua língua e alojou-se na sua garganta. Posteriormente, Ramírez agrediu-o até ele perder a consciência. Em seguida Ramirez entrou no quarto de Lillian Doi. Ele a esbofeteou e a algemou com as mãos para trás. Depois disso Ramirez estuprou Lillian.
Apesar dos muitos ferimentos na cabeça, William não estava morto. Ele conseguiu rastejar até o quarto onde a esposa se encontrava. Ele ligou para o 911, mas não conseguiu falar nada, porém a polícia localizou a chamada e enviou uma viatura de patrulha para o local. Lillian e William foram socorridos em encaminhados para o hospital. William não resistiu aos ferimentos e acabou falecendo na ambulância, já Lillian conseguiu sobreviver e forneceu a polícia uma boa descrição do seu agressor.
William Doi (fonte: O Aprendiz Verde) |
Carol Kyle
No dia 30 de Maio de 1985 Carol Kyle (por vezes identificada como Ruth Wilson), de 41 anos, foi acordada a meia da noite por uma luz de lanterna apontada à sua cara. Ramirez havia, silenciosamente, invadido o local. Apontando uma arma para a cabeça de Carol, Richard ordenou que ela saísse da cama e fosse para o quarto do filho de 12 anos. Ramirez apontou a arma à cabeça do filho, advertindo Carol que permanecesse calada. Em seguida ele algemou o garoto e o prendou em um armário.
Pensando que Ramirez era penas um ladrão Carol ofereceu a ele um colar de ouro com diamantes. Após vasculhar a casa Richard ordenou a Carol Kyle que colocasse as mãos atrás das costas e amarou-as com a própria roupa. Com a vitima imobilizada, Richard a estuprou. Após a agressão sexual Carol disse a Ramirez que havia gostado do que ele fez com ela. Ele revelou então que já havia matado várias pessoas, mas que a deixaria viver, tratando ela até com certa gentileza antes de libertar o garoto que se encontrava algemado.
Malvia Keller e Blanche Wolfe
Os vários ataques acabaram levando a população de Los Angeles a um estado de pânico. Um oficial de polícia referiu-se ao assassino/violador como o “Valley Intruder” (Intruso do Vale). Vários jornais locais atribuíram-lhe a alcunha de “Midnight Stalker” (Perseguidor da Meia-noite).
No dia 1 de Maio de 1985, Malvia Keller (por vezes identificada como Mabel Bell), de 83 anos, juntamente com a sua irmã inválida Blanche Wolfe (por vezes identificada como Florence Lang), de 80 anos, foram descobertas na casa de Malvia Keller em Monrovia. Ambas as mulheres haviam sido severamente agredidas com um martelo. Quando, posteriormente, a polícia encontrou o martelo descobriu que o cabo encontrava-se rachado. Wolfe apresentava uma ferida perfurante acima de uma orelha. Um pentagrama invertido, com a ponta apontando para baixo, havia sido desenhado com batom na zona interior da coxa de Malvia. Um segundo pentagrama foi desenhado na parede do quarto sobre o corpo de Blanche Wolfe. Blanche, a irmã mais velha, havia sido violada. Os especialistas da polícia estimaram que as irmãs permaneceram na habitação durante dois dias até serem descobertas. Os médicos ainda conseguiram reanimar Blanche Wolfe, mas a irmã Malvia Keller faleceu pouco tempo depois.
Mary Louise Cannon
No dia 2 de Julho de 1985 o corpo de Mary Louise Cannon, de 75 anos de idade, foi descoberto na sua casa, em Arcadia. Havia sido agredida, a sua garganta cortada e a sua casa assaltada. Ela dormia quando sua cabeça foi golpeada por Ramirez com um abajur.
Whitney Bennet
No dia 5 de Julho de 1985, Ramírez regressou a Arcadia e atacou Whitney Bennet de 16 anos de idade, aluna da Escola Secundária de La Cañada, com um objeto metálico. Identificada posteriormente em alguns relatos sob o pseudônimo de “Deidre Palmer”, necessitou de ser suturada com 478 pontos, mas sobreviveu ao ataque. De acordo com a biografia de Richard Ramírez (Carlo, 1996) Whitney Bennet viria a casar com Mike Salerno, o detetive principal nos casos do “Night Stalker” , após conhecê-lo enquanto esperava para testemunhar no julgamento.
Joyce Lucille Nelson
No dia 7 de Julho de 1985 o corpo de Joyce Lucille Nelson, de 61 anos, foi descoberto. Ela havia sido espancada até à morte por um objeto arredondado na sua casa em Monterey Park.
(fonte: O Aprendiz Verde) |
Sophie Dickman
Na madrugada de 8 de Julho de 1985, em Monterey Park, Sophie Dickman, uma enfermeira de 63 anos, foi acordada por volta das 3.30 horas da manhã, por um “homem alto, magro e todo vestido de preto”. O homem, que coincidia com a descrição do “Night Stalker”. Empunhando uma arma o invasor ordenou a Sophie que saísse da cama e ingressasse no banheiro, advertindo que ela deveria se manter calada, caso contrário seria morta. Após vasculhar a casa, Richard regressou ao banheiro e trouxe a vitima de volta para o quarto. Tentou violá-la e sodomiza-la, mas não conseguiu manter uma ereção. Estava frustrado e humilhado, e ela estava certa de que seria assassinada. Ele gritou furiosamente, mas recolheu os valores que havia furtado e saiu. Sophie Dickman ficou admirada com o fato de Ramirez lhe haver poupado a vida.
(Fonte: Murderpedia) |
Lela e Max Kneiding
Menos de duas semanas depois, a 20 de Julho de 1985, Ramirez dirigiu-se a uma nova localização na área de Los Angeles, Glendale. Ele invadiu a casa de Lela e Max Kneiding, ambos com 66 anos de idade. Trouxe com ele uma nova arma, um machete. Apesar de todas as portas e janelas se encontrarem fechadas, o assassino cortou um vidro nas portas de batente, introduziu a mão e abriu-as. O machete foi utilizado no pescoço de Max e, depois, o assassino tentou atingir Lela, mas falhou. Ramirez sacou a sua pistola e tentou baleá-la, a arma travou. Enquanto as vítimas suplicavam pela sua vida, Ramirez limpou a arma e matou-as. Então, mutilou-as com o machete depois de mortos. A casa foi assaltada. Ramirez trazia com ele receptor rádio de alta frequência e fugiu do local quanto ouviu o alerta na frequência policial.
(fonte: O Aprendiz Verde) |
Christopher e Virginia Pertersen
Em 6 de Agosto de 1985 Ramirez escolheu, para vítimas, outro casal, Christopher e Virginia Petersen de 38 e 27 anos de idade respectivamente. Ramirez invadiu a sua casa, em Northbridge, através de uma porta de vidro deslizante, que lhe deu acesso à sala. Antes de entrar no seu quarto armou a pistola. Virginia tinha um sono leve e acordou com o som de um clicar metálico. Ramirez avançou para ela com ambas as mãos na arma. Ela gritou com ele e ele disse-lhe para ficar calada ao mesmo tempo que a baleava debaixo do olho esquerdo. A bala perfurou-lhe o palato, atravessou a garganta e saiu pela parte de trás do pescoço. Christopher acordou e, a início, pensou tratar-se de uma brincadeira. Olhou para a cara da mulher e foi baleado por Ramírez na têmpora esquerda, mas a bala não perfurou o crânio da vítima. Ele reagiu e atacou Ramirez, que disparou mais duas vezes, ambos os tiros falharam.
Richard Ramirez acabou fugindo do local e Christopher e Virginia Peterson sobreviveram ao brutal ataque.
Elvas e Sakina Abowath
Dois dias passados sobre o último ataque Ramirez voltou a atacar, desta vez em Diamond Bar. Elvas Abowath, de 35 anos, foi baleado na cabeça e morto enquanto dormia. Após matar o marido, Ramirez molestou a sua esposa Sakina Abowath de 29 anos de idade. Violou-a, sodomizou-a e forçou a realizar felação. Os peritos que elaboraram o seu perfil acreditavam que este era o seu método preferido de ataque: matar o elemento do sexo masculino e violentar o elemento do sexo feminino.
Peter e Barbara Pan
No dia 18 de Agosto de 1985, os corpos de Peter e Barbara Pan foram descobertos na sua cama, encharcada de sangue, em Lake Merced, um complexo habitacional em São Francisco. Ambos haviam sidos baleados na cabeça. Peter Pan, um contabilista de 66 anos de idade, foi declarado morto no local. Barbara Pan, de 64 anos, sobreviveu, mas permaneceria inválida para o resto da vida. O assassino desenhou na parede, com um batom, um pentagrama invertido e as palavras “Jack the Knife (Jack a Faca).
O pânico espalhou-se através da cidade de São Francisco. Para acalmar o clima de medo, a Presidente da Câmara Dianne Feinstein dirigiu-se ao público e falou sobre a procura do “Night Stalker”, mas ao fazê-lo, irritou os detetives por ter revelado demasiados detalhes dos crimes o que, no entendimento dos mesmos, prejudicou a investigação. Chegou ao ponto de anunciar que a polícia sabia agora que tipo de arma o assassino usava e tinha conseguido recuperar pegadas do local do crime. Na manhã seguinte, após ler o jornal, Ramirez atirou a arma e os sapatos da Ponte Golden Gate.
Mas a polícia de São Francisco teve sorte quando o gerente do Hotel Bristol, em Tenderloin, informou que um jovem, com descrição idêntica à do assassino, havia permanecido no seu hotel, de forma espaçada, ao longo do último ano e meio. O gerente recordou-se que o homem tinha dentes estragados e cheirava mal. A policia investigou o último quarto onde ele havia permanecido e na porta do banheiro foi descoberto o desenho de um pentagrama. O suspeito havia abandonado o hotel no dia 17 de Agosto, Peter e Barbara Pan haviam sido atacados na noite desse mesmo dia.
Os investigadores localizam um homem de El Sobrante (a este de São Francisco) que afirmava ter comprado joias – um anel de diamantes e um par de botões de punho – de um homem jovem que correspondia à descrição do “Night Stalker”. Investigações posteriores revelaram que estes itens haviam pertencido a Peter Pan.
Bill Carns e a sua noiva
Em 24 de Agosto, enquanto a policia de São Francisco se esforçava para descobrir o jovem homem de dentes estragados, o “Night Stalker havia escolhido outro casal como próximas vítimas. O ataque seria em Mission Viejo, 50 milhas a sul de Los Angeles.
Bill Carns, e a sua noiva de 29 anos de idade, tinham acabado de adormecer quando foram acordados, subitamente, pelo ruído de tiros no quarto. Instintivamente, ela virou-se para o noivo, mas ele já havia sido gravemente ferido. Logo em seguida o agressor agarrou a mulher pelos cabelos e amarrou os pulsos dela para trás com uma gravata. Em seguida Richard realizou uma busca na casa, procurando por objetos de valor. Ele ficou muito irado com o fato do casal ter tão pouco. Ele acabou estuprando a mulher cerca de duas vezes.
Depois do abuso Richard obrigou a mulher a afirmar que amava a Satanás. A mulher fez o que o agressor queria, e ele acabou indo embora poupando a sua vida.
Perseguição e captura
Na noite de 24 de Agosto um jovem, que trabalhava na garagem do pai, reparou num Toyota cor de laranja que andava pela vizinhança. Como lhe pareceu suspeito, anotou o número da placa. Na manhã seguinte, informou a polícia sobre o carro. Através do número de placa a polícia conseguiu determinar que o Toyota cor de laranja de 1976 havia sido roubado em Chinatown - Los Angeles, enquanto dono jantava num restaurante. Foi lançado um alerta sobre o carro e, passados dois dias, foi localizado em Rampart - Los Angeles. Havendo relacionado carro com Ramirez, a polícia montou vigilância durante 24 horas na esperança que Ramirez retornasse para levar o carro, o que nunca aconteceu. Uma equipe forense examinou o carro e descobriu uma impressão digital que enviou para Sacramento para ser analisada. Algumas horas mais tarde o sistema identificou a impressão digital. Pertencia a Richard Leyva Muñoz Ramirez. Análises posteriores revelaram que a impressão digital coincidia com outra descoberta de uma janela da casa da família Pan, nos arredores de São Francisco.
No dia 29 de Agosto Ramirez chegou à estação de ônibus da Greyhound em Los Angeles, após regressar da casa do seu irmão em Tucson,Arizona. Quanto Ramirez saía da estação notou que a área estava repleta de policiais, no entanto, conseguiu escapar, desconhecendo o fato de a polícia o ter identificado como sendo o “Night Stalker”. Ao entrar numa loja de esquina os donos repararam na sua cara e reconheceram-na das fotos do jornal. Um dos donos gritou “El Matador”. Ramirez voltou-se e viu a sua cara nas capas de vários jornais, pegou o jornal La Opinión, e fugiu.
Ramirez correu duas milhas em 12 minutos, dirigindo-se para este a partir da baixa de Los Angeles. Tentou roubar o Mustang vermelho de Faustino Pinon. Ramírez notou que o Mustang vermelho estacionado estava destrancado e com as chaves na ignição. Entrou no carro e ligou o motor, mas não reparou que o dono estava por baixo do carro realizando reparos na transmissão. Quando Pinon, de 56 anos, ouviu o motor a ser ligado saiu de debaixo do carro. Irritado o homem agarrou Ramirez pelo pescoço. O assassino avisou que portava uma arma, mas Pinon ignorou o alerta. Ramirez tentou fugir com o carro, mas Pinon não o soltava nem quando o veículo se pôs em movimento. Em seguida Ramirez colidiu com o carro contra uma garagem.
Pinon conseguiu abrir a porta, puxou Ramirez para a rua, e atirou-o ao chão. Ramirez conseguiu levantar-se e atravessou a rua encontrando Angelina de la Torres, de 28 anos, a entrar em seu carro. Correu até ao carro da jovem e introduziu a cabeça através da janela, ordenando-lhe que lhe entregasse as chaves e ameaçando-lhe, que se não o fizesse seria morta. Ela gritou por ajuda e o seu marido, de 32 anos, veio correndo. José Burgoin, que havia presenciado a luta entre Ramirez e Pinon, chamou a polícia e correu para o exterior. Quando escutou o grito de Angelina chamou pelos filhos Jaime e Júlio, de 21 e 17 anos respectivamente, para o auxiliarem. Quando os irmãos correram para ajudar a senhora de la Torres viram Ramirez no banco da frente do seu carro. O irmão mais velho reconheceu-o das fotografias publicadas nos jornais e na televisão e gritou que Ramirez era o assassino. Ramirez se pôs em fuga, mas foi perseguido pelos irmãos e por Manuel de la Torres. Quando o conseguiu alcançar Manuel de la Torres atingiu-o, no pescoço, com o poste metálico.
Angelina e Manuel De la Torre - (Fonte: Murderpedia) |
Ramirez continuou a correr, mas os três homens insistiram na perseguição, com Manuel de la Torres a golpeá-lo, repetidamente. José Burgoin, ao alcançar Ramirez, soqueou-o, este caiu, mas rapidamente se levantou e continuou a correr sempre perseguido pelos três homens. Um golpe mais forte, desferido por Manuel de la Torres, atingiu Ramirez na cabeça e este caiu prostrado no chão tendo sido segurado pelos três homens até à chegada da polícia.
José Burgoin (esquerda) e Faustino Pinon (direita) - (Fonte: Murderpedia) |
Apenas um dia após a divulgação pública da sua fotografia, Ramirez encontrava-se preso. Após a sua prisão, Ramirez, de 25 anos, foi acusado de 14 homicídios e de 31 outros crimes associados ao seu frenesi criminoso de 1985. Foi acusado de um 15º homicídio, em São Francisco, e de violação e homicídio em Orange County.
Condecoração dada aos captores de Ramirez - (Fonte: O Aprendiz Verde) |
Julgamento e condenação
A seleção do júri que julgaria este caso teve início no dia 22 de Julho de 1988. O jornal Los Angeles Times publicou que alguns funcionários prisionais escutaram Ramirez a planear assassinar o delegado do ministério público com uma arma, que Ramirez pretendia introduzir clandestinamente na sala de tribunal. Consequentemente, foi instalado um detector de metais no tribunal e realizados buscas intensivas às pessoas que entravam para assistir ao julgamento. No dia 14 de Agosto, o julgamento foi interrompido devido ao fato de um das juradas, Phyllis Singletary, não ter se apresentado na audiência. Na tarde do mesmo dia o seu corpo foi descoberto, baleado, no seu apartamento. O júri estava aterrorizado, questionando-se se Ramirez havia orquestrado este acontecimento, se seria capaz de atingir outros membros do júri. No entanto, Ramirez não havia sido responsável pela morte de Phyllis Singletary, ela havia sido baleada e morta pelo namorado que, posteriormente suicidou-se com a mesma arma, num quarto de hotel. O membro alternativo do júri, que substituiu Phyllis Singletary, estava demasiado assustada para regressar à própria casa.
(Fonte: Murderpedia) |
A 20 de Setembro de 1989, Ricardo Ramirez foi declarado culpado de 13 acusações de homicídio, 5 acusações de tentativa de homicídio, 11 acusações de abuso sexual e 14 acusações de roubo. No dia 7 de Novembro de 1989 foi sentenciado à pena de morte na câmara de gás do estado da Califórnia. O julgamento de Ricardo Ramirez foi um dos mais longos e difíceis julgamentos na história americana. Foram entrevistas mais de 1600 possíveis jurados, testemunharam mais de uma centena de pessoas e, embora algumas tivessem dificuldade em se lembrar de alguns fatos passados tantos anos, outras foram bastante eficazes em identificar Richard Ramirez.
(Fonte: Murderpedia) |
Quando foi a julgamento Ramirez tinha fãs que lhe escreviam cartas e o visitavam na cadeia. Doreen Lioy, editora freelancer de uma revista, escreveu-lhe perto de 75 cartas, após a sua captura. Ele pediu-lhe em casamento e, no dia 3 de Outubro de 1996, casaram na Prisão Estadual de San Quentin, Califórnia.
(Fonte: O Aprendiz Verde) |
(Fonte: O Aprendiz Verde) |
Morte do "Night Stalker"
No dia 7 de junho de 2013, Richard Ramirez faleceu de causas naturais, no Marin General Hospital, dentro da prisão Estadual de San Quentin, onde ele esperava pela sua execução.
Fontes: Wikipédia, Murderpedia, O Aprendiz Verde e Faca na Caveira
Não deixe de dar uma conferida nas redes sociais do blog Noite Sinistra...
CONFIRA OUTRAS POSTAGENS DO BLOG NOITE SINISTRA
Links Relacionados:
Suspeito de ser o serial killer da "moto preta" assume 39 mortes.
Ian Brady e Myra Hindley: "The Moors murders".
Suspeito de ser o serial killer da "moto preta" assume 39 mortes.
Ian Brady e Myra Hindley: "The Moors murders".
Por incrível que pareça, estou assistindo o filme que foi baseado na história de Ramirez, se acaso te interessar Nando,estou deixando link do vídeo aqui =D http://youtu.be/F3uliFfpUM8 comecei a assistir há pouco, então não posso dizer muito sobre o mesmo rssrrs ótima matéria,como sempre!!!!
ResponderExcluirValeu por compartilhar o vídeo Marciela...é sempre bom dar continuidade no assunto...abraços...
Excluir