Hoje volto a trazer aos amigos e amigas uma postagem da série "História e lendas Brasileiras". Conheci as histórias da Serra da Paulista em uma conversa no Twitter que tive com a amiga Cecilia Forte (@Cecilia_Forte). Convido a todos a conhecerem mais uma história enraizada no nosso país.
Privilegiada por sua natureza, São João da Boa Vista tem dentro de seu município um desnível próximo de 1000 metros, onde em todo o seu lado leste se descortina a Serra da Mantiqueira, (“Serra que Chora” em Tupi-Guarani), com inúmeras cachoeiras e florestas preservadas, cuja topografia oferece um movimentado paisagismo composto por várias montanhas: passando-se pelo “Morro do Deus Me Livre”, chega-se ao Pico do Mirante, com altitude de 1570 metros, onde pode-se avistar cerca de 14 cidades em noites de lua nova e apreciar os espetaculares entardeceres no horizonte, que originou a perífrase “Cidade dos Crepúsculos Maravilhosos”.
Um dos principais caminhos para a Serra da Mantiqueira é pela “Estrada Vicinal da Serra da Paulista”, onde após o Km 4, à direita, encontramos a Estrada Municipal do Córrego das Pedras que vai até a Serra do Padre, assim conhecida por ter vivido e criado seus 7 filhos do nosso carismático Padre José Valeriano de Souza, muito querido pela população sanjoanense, que fazia vista grossa ao seu estado civil. Esta estrada hoje é oficialmente parte do Caminho da fé, que vai até a cidade de Aparecida do Norte.
Segundo o Historiógrafo Ademir Gebara, nascido em São João da Boa Vista, e membro do Centro de Memórias da Unicamp, esta é uma das estradas mais antigas do município, que foi caminho, há séculos atrás, de contrabando de ouro vindo de Minas Gerais em direção ao Litoral do Estado de São Paulo. Seguindo pela Estrada Vicinal da Serra da Paulista, mais ao alto, contam que havia uma moradora, uma paulista, muito bonita. Quando os mineiros vinham avançando nesta direção, costumavam dizer: “estamos na Serra da Paulista“.
Mistérios da Serra da Paulista
São muitos os místerios relacionados à essa Serra: entre a antiga venda de João Batista Sérgio e a lanchonete de Dona Mercedes Arcuri, ao lado do Córrego da Inveja, tem uma descida em que os veículos de qualquer porte, ao serem desligados e desengatados, sobem de ré. O mistério é intrigante e cada um tem uma explicação para o caso. Alguns dizem que tinha um velho índio morador do Morro do Deus me Livre que vinha à uma antiga venda e se cansava muito; daí ele resolveu fazer uma pagelança e mudou a subida para descida e na volta ele ia a cavalo com o filho. Outros ainda dizem espantados “Não é de Deus”. E outros que não passa de magnetismo, pois nestas terras há muito minério.
Um dos folclores mais bonitos de São João da Boa Vista é o de Corpo Seco. Contam que um homem que morreu naquela serra, na verdade não morreu, e continua vagando por lá. Diziam os carroceiros que iam buscar batata que quando chovia muito forte tinham que dormir nos sítios e à noite e tinha de tudo: lobisomem, assombração, mula sem cabeça, Saci Pererê e até o Corpo Seco.
Fonte: Revista Atua
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Muito bacana a matéria, xará :)
ResponderExcluirEu moro em Vargem, ao lado de SJBV, eu sempre ia tocar num bar no pé da serra paulista, da pra ver a cidade inteira de lá, mto lindo o lugar!
saudade da minha pratinha (águas da prata), vizinha grudada... conheço bem sjbv e suas histórias. grande matéria <3
ResponderExcluirMuita maconha em SJBVista. E dá boa...
ResponderExcluirEssa descida que sobe é uma ilusão de ótica bem comum em regiões com topografia acidentada. Eu moro em Belo Horizonte e aqui tem uma rua no bairro Mangabeiras conhecida como Rua do Amendoim, onde é possível observar o mesmo fenômeno, inclusive com líquidos, que parecem escorrer ladeira acima.
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