A Dama de Marrom (ou Dama de Castanho) de Raynham Hall é um fantasma que, segundo alguns relatos, assombra a mansão de Raynham Hall em Norfolk, que foi lar da influente família Townshend por várias gerações. A lenda da dama de Marrom se tornou uma das assombrações mais conhecidas da Grã-Bretanha quando a sua imagem foi capturada por fotógrafos da revista Country Life que estavam fotografando a escadaria principal em 1936, e que se tornaria uma das fotografias paranormais mais famosas de todos os tempos (ver abaixo). A "Dama de Castanho" recebeu esse nome devido ao vestido de brocado castanho que alguns dizem que usa.
No ano de 1936, foi tirada uma fotografia nessa mansão, e os mistérios por trás dela seguem inexplicáveis até hoje, e, é tido por muitos, como um dos maiores casos reais de fantasmas. Fotógrafos da revista ‘Country Life’ trabalhavam no local, quando suas lentes capturaram algo veio a se consagrar como uma das maiores lendas da Grã Bretanha. A foto mostra a escadaria da grande casa, porém, algo mais está aparecendo lá. Algo que não devia aparecer, algo que provavelmente, não deveria nem estar neste mundo.
Conhecida como ‘A Dama de Marrom’ (ou de Castanho), Lady Dorothy Walpole (1696-1726) era a irmã de Robert Walpole, que foi Primeiro Ministro da Grã Bretanha entre 1721 a 1742, e esposa de Charles Townshend, membro da Real Sociedade de Londres, que era um homem conhecido por seu temperamento violento. A história conta que Charles havia descoberto uma possível traição de Dorothy, e que quando ficou sabendo disso, a castigou, trancando-a nos seus aposentos, em Raynham Hall. Diz-se, então, que Doroty permaneceu lá, trancada, até o dia de sua morte.
Dorothy Walpole a suposta Dama de Marrom |
Robert Walpole |
A primeira aparição foi feita por Lucia C. Stone e aconteceu durante o natal de 1835, durante uma reunião de família, onde o Lord Charles Townshend estava com seus convidados, incluindo um certo Coronel Lufus. Este, junto de outro convidado, afirmou ter visto uma moça vestida de marrom vagando pelos corredores da casa, por dias seguidos. Disse que em uma das vezes, atentou para as órbitas vazias no rosto da moça. Seus relatos fizeram com que muitos empregados abandonassem o lugar.
Outra aparição aconteceu em 1836, registrada pelo Capitão Frederick Marryat, amigo do novelista Charles Dickens. Mas apenas anos muitos anos depois que seu filho, Florence Marryat, já velho, falou sobre a experiência que seu pai havia lhe dito ter passado:
Capitão Frederick Marryat |
(…) ficou no quarto no qual estava pendurado o retrato da aparição e no qual esta tinha sido vista muitas vezes e dormiu todas as noites com um revolver carregado debaixo da almofada. Contudo, nos dois primeiros dias não viu nada e a terceira noite seria a última da sua estadia. No entanto, na terceira noite, dois jovens (sobrinhos do baronete), bateram à sua porta quando ele se estava a preparar para ir para a cama e pediram-lhe que se dirigisse ao quarto deles (que era na ponta oposta do corredor), para lhes dar a sua opinião sobre uma arma nova que tinha acabado de chegar de Londres. O meu pai estava de camisa interior e calças, mas como já era tarde e toda a gente se tinha retirado para os seus quartos menos eles, preparou-se para os acompanhar como estava. Quando estavam a sair do quarto, foi buscar o seu revólver, “para o caso de encontrarmos a Dama de Castanho”, disse ele, a rir-se. Quando a inspecção da arma terminou, os jovens, no mesmo espírito, declararam que iam acompanhar o meu pai de volta, “para o caso de encontrar a Dama de Castanho,”, repetiram eles, também a rir. Assim, os três cavalheiros regressaram juntos.
O corredor era longo e escuro, uma vez que as luzes se tinham apagado, mas à medida que se aproximavam do meio, viram a luz fraca de um candeeiro a aproximar-se deles do outro lado. “Uma das senhoras vai visitar o quarto das crianças,” sussurrou o jovem Townshend ao meu pai. As portas dos quartos naquele corredor estavam à frente umas das outras e cada quarto tinha uma porta dupla com um espaço entre elas, como acontece em muitas casas antigas. O meu pai, como já disse, estava apenas de camisa interior e calças e a sua modéstia nativa fizeram-no sentir-se desconfortável, por isso entrou imediatamente para uma das portas (os seus amigos fizeram o mesmo), para se esconder da senhora que devia ter passado.
Ouvi-o descrever como a viu aproximar-se cada vez mais, através da abertura entre as portas até que, quando estava perto o suficiente para que ele conseguisse distinguir as cores e o estilo da sua roupa, reconheceu a figura como uma cópia do retrato da “Dama de Castanho”. Tinha o dedo no gatilho do revólver e estava prestes a mandar a figura parar e perguntar-lhe a razão da sua presença ali, quando esta parou por vontade própria em frente à porta atrás da qual ele se escondia e, segurando o candeeiro aceso que transportava próximo do seu rosto, sorriu de forma malévola e diabólica para ele. Esta atitude enfureceu tanto o meu pai, que era tudo menos calmo, que saltou para o corredor rapidamente e disparou o revólver mesmo na cara dela. A figura desapareceu imediatamente – a figura para qual três homens tinham estado a olhar durante vários minuros – e a bala passou pela porta exterior do quarto para o lado oposto do corredor e ficou alojada no painel da porta interior. O meu pai nunca mais voltou a meter-se com a ‘Dama de Castanho de Raynham“.
Outra descendente dos Townshend disse que a Dama de Marrom voltou a ser vista em 1926, quando seu filho e um amigo disseram ter visto uma mulher na escadaria, e ter apontado para o quadro de Dorothy, que ficava no topo desta, dizendo que fora aquela mulher que eles haviam visto.
Então, em 1936 Hubert C. Provand, junto de seu assistente Indre Shira, ambos fotógrafos da Country Life, estavam a bater fotos da casa, e já haviam tirado uma fotografia da escadaria. Se preparavam para bater as ultimas, quando Shira disse ter visto “uma forma de vapor a criar gradualmente a forma de uma mulher” e descer as escadas na direção deles. Seguindo as instruções de Shira, Provand retirou rapidamente a tampa da lente enquanto Shira carregava no botão para activar o flash. Mais tarde, quando os negativos foram revelados, surgiu a famosa imagem da “Dama de Castanho”. O testemunho da experiência fantasmagórica de Provand e Shira foi publicado na revista Country Life a 26 de Dezembro de 1936 juntamente com a fotografia da “Dama de Castanho”. A fotografia e o testemunho da sua captura também apareceram na edição de 4 de Janeiro de 1937 da revista Life.
Pouco depois, o conhecido investigador do paranormal, Harry Price, entrevistou Provand e Shira e escreveu: “Vou dizer desde já que fiquei impressionado. Contaram-me um história perfeitamente simples: O senhor Indre Shira viu a aparição a descer as escadas e no momento exacto em que a cabeça do capitão Provand estava debaixo do pano negro. Um grito – e a tampa da lente foi retirada e a lâmpada do flash disparou, com o resultado que vemos agora. Não consegui abalar a história deles e não tinha o direito de não acreditar neles. Apenas se houvesse uma conspiração entre estes dois homens se poderia dizer que o fantasma é falso. O negativo está inocente de qualquer falsificação.”
A Country Life chamou especialistas que afirmaram que a fotografia e o seu negativo não aparentavam sinais de alteração. Contudo, desde então, alguns críticos têm vindo a afirmar que Shira falsificou a imagem pintando uma figura na lente da câmara com gordura ou uma substância semelhante ou então que tinha descido as escadas deliberadamente durante a exposição. Outros afirmam que a imagem é uma dupla exposição acidental ou uma mancha de luz que entrou na câmara de alguma forma.
Depois da sua última aparição em 1936, a Dama de Castanho nunca mais voltou a ser vista.
Imagem registrada por fotógrafos da revista Country Life em 1936 em Raynham Hall |
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