O Círculo de Goseck localiza-se em Goseck, no distrito de Weissenfels, no estado de Saxônia-Anhalt, na Alemanha. Trata-se de um sítio arqueológico descoberto a partir de fotografias aéreas de um campo de trigo em 1992, que vem sendo considerado como o Stonehenge alemão, devido à semelhança de sua estrutura com a primeira etapa construtiva do círculo megalítico na Inglaterra. O responsável pela escavação do sítio arqueológico foi François Bertemes.
A sua importância reside em ser, simultaneamente, o mais antigo observatório solar da Europa e o mais antigo templo da Europa Central, deixando ainda em evidência o fato que na Europa, no período neolítico e na idade do bronze, a observação do céu era muito mais evoluída de quanto pensava os estudiosos.
No ano de 2005, os alemães reconstruíram o círculo de Goseck, o observatório solar voltou a ter sua forma original, pois diferente de Stonehenge que foi um monumento construído em pedra, Goseck foi construído em madeira (por isso sua deterioração com o tempo). Na reconstrução dos círculos concêntricos de Goseck foram utilizados 2300 troncos de carvalho; Goseck é hoje, o observatório mais antigo do mundo (perto de 7000 anos de idade), um importante ponto turístico germânico.
Goseck, além de ser um observatório solar, era usado como calendário e também como um lugar de cerimonias religiosas dos povos neolíticos. Observar e registrar os movimentos dos astros permitia aos povos antigos elaborar um calendário de plantio, além das motivações religiosas.
A datação do sítio, baseada nos fragmentos de cerâmica encontradas no local, indica que foi erguido cerca de 4900 a.C. A sua dimensão original era de 75 metros de largura e consistia de quatro círculos concêntricos, os dois externos sendo depressões (fossos), e os internos estruturas de madeira (paliçadas), com dois metros de altura. Haviam três portais, voltados a Sudoeste, Sudeste e Norte. No solstício de inverno (21 de dezembro), a trajetória do Sol (nascente e poente) podia ser acompanhada por um observador postado no centro do círculo, voltado para os portais do Sudeste e Sudoeste, respectivamente.
Esquema do sítio do Círculo de Goseck. As linhas amarelas representam a direção do nascente e do poente do Sol no Solstício de Inverno, enquanto a linha vertical mostra o meridiano astronômico |
A maior parte dos arqueólogos concordam com o fato que o sítio foi utilizado para observações astronômicas. Se pensa que foi utilizados para cálculos calendários e para harmonizar, entre eles, o calendário lunar e o solar (mais procurado para usos práticos). De qualquer modo os estudiosos não são de acordo sobre o fato de que todo o sítio tenha havido um só tipo de uso.
Relação com um estranho artefato
Existe semelhança entre o ângulo solsticial dos portais com os ângulos identificados no disco de Nebra (clique AQUI para saber mais sobre o Disco de Nebra), descoberto a cerca de 25 quilômetros de distância do sítio de Goseck. O artefato consiste num disco de bronze, com representações estilizadas do Sol, da Lua, de estrelas e do aglomerado das Plêiades, além das figuras de uma embarcação e de arcos.
Fontes: Wikipédia e Leões e Cordeiros
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Rungholt, a Atlântida da Alemanha.
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Arqueologia é uma coisa fascinante! Pena que ela ainda engatinha no Brasil!
ResponderExcluirFaço das palavras do "Ninguém" as minhas.
ResponderExcluirE num país continental como o nosso, mesmo engatinhando na arqueologia, ainda descobrem coisas interessantes. Imaginem se fosse levado mais a sério esta ciência. O que teríamos de coisas que além de muito importantes para a história nacional e mundial, gerariam mais empregos tantos nos estudos quanto no turismo. Pena que o poder do dinheiro nos leva para outro caminho.