Peter Stumpp: O Lobisomem de Bedburg

em 10/07/2014


A data do seu nascimento é desconhecida, mas sabe-se que tal fato aconteceu na vila de Epprath, próxima a cidade de Colônia, na Alemanha. Filho de uma destacada família da comunidade rural. Peter acabou caindo no falatório da cidade após ter ficado viúvo, sendo logo em seguida de ter mantido relações sexuais com sua filha de 15 anos. Vocês podem imaginar o que essas histórias, verdadeiras ou não, fizeram pela reputação de Peter Stumpp.

Entre 1564 e 1569, rumores da população fizeram de Stumpp o principal suspeito de uma série de assassinatos ocorridos na cidade de Bedburg. Boatos de que ele devorava animais dos fazendeiros locais e praticava canibalismo reforçaram o interesse da inquisição alemã em condená-lo.


Boatos de que Stumpp se transformava em lobisomem grças ao seu cinturão mágico se consolidaram entre o povo. No julgamento, as testemunhas diziam que o acessório foi um presente do diabo e que sem ele o criminoso voltava á forma humana.

Foi julgado por matar e torturar 14 crianças e duas mulheres grávidas. O esquartejamento de corpos encontrados nas florestas de Bedburg entrou na lista de atrocidades atribuídas a Stumpp, que também foi acusado de se alimentar do sangue das vítimas. Depois de sua captura, o assassino relatou se envolver com magia negra desde os 12 anos. Durante a confissão, admitiu ter contato frequente com um súcubo (Demônio de aparência feminina que suga a energia vital de humanos com quem mantém relações sexuais.)

Os detalhes sobre os crimes foram extraídos durante sessões de tortura. Peter foi amarrado a uma roda onde pedaços de sua carne eram arrancados com pinças aquecidas e seus ossos eram quebrados. Para finalizar, foi decapitado e teve a cabeça jogada em uma fogueira.


A Banda norte-americana de metal macabre escreveu uma música em homenagem ao "lobisomem" intitulada de "The Werewolf of Bedburg". No livro O Exorcista de William Blatty (que não tem nada a ver com o filme de 1973), há uma passagem que faz referência aos crimes de Stumpp.

Textos originais a respeito

A fonte mais completa sobre o caso é um panfleto de 16 páginas publicado em Londres em 1590, a tradução de uma impressão alemã onde nenhuma cópia sobreviveu. O panfleto Inglês, das quais duas cópias existem (uma no Museu Britânico e outra na Biblioteca Lambeth), foram redescobertos por ocultistas Montague Summers, em 1920. Ele descreve a vida de Stumpp e seus alegados crimes, além de seu julgamento, e inclui muitas declarações de vizinhos e testemunhas sobre seus crimes. Reimpressões do panfleto inteiro, incluindo uma xilogravura, nas páginas 253 a 259 de sua obra "O homem-lobo". Informações adicionais são fornecidas pelos diários de Hermann von Weinsberg, um vereador de Colônia, e por número de um periódico ilustrado, que foram impressas no sul da Alemanha e provavelmente foram baseadas na versão alemã do panfleto em Londres. Os documentos originais parecem ter sido perdidos durante as guerras que varreram a Renânia nos séculos que se seguiram.

Fonte: Forget The Fear

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