Saudações galera atormentada...Hoje eu volto a falar de "Histórias e Lendas brasileiras". O texto de hoje fala de uma lenda da cidade paranaense de Curitiba, a Lenda das Stregas. Strega é a palavra italiana para Bruxa. Nome comumente dado para uma seguidora da Bruxaria Italiana, Stregoneria ou Stregheria. Plural: Streghe Masculino: Stregone (pl Stregoni). O termo Strega deriva da palavra latina Strix que significa Ave Noturna.
No século dezenove um navio cheio de italianos parou em Paranaguá, no Litoral do Paraná. A maioria destes imigrantes foi para Curitiba com o objetivo de trabalhar na lavoura. Assim, nesta cidade, grande parte deles montou um bairro chamado Santa Felicidade. No meio destes imigrantes havia uma moça chamada Constantina e a sua mãe, dona Lola, sempre ralhava:
- Você precisa se preparar na feitiçaria! Afinal, você é uma strega, uma bruxa de descendência italiana. Nunca se esqueça: ninguém se torna uma strega, pois isto precisa ser um dom de nascença e este é o seu destino. Porque o castigo de uma strega que nega o seu dom é ser moça de dia e transformar-se em idosa de noite.
O problema é que Constantina não queria ser uma feiticeira, pois achava que bruxaria era coisa do mal. Porém, mesmo assim, ela notava que era diferente das outras meninas. Pois esta pequena falava com parentes falecidos, tinha sonhos sobrenaturais, premonições e muita vontade de curar as pessoas. Mas quando sua mãe a convidava para ir aos cemitérios e aprender rituais, esta garota sempre torcia o nariz.
Uma certa noite, Dona Lola levou sua filha para arrancar defuntos dos túmulos no cemitério. Porém a garota ficou com tanto pavor que saiu correndo e fugiu de casa. A adolescente andou tanto que foi parar num lugar que hoje é chamado de Campo Largo, localizado na Região Metropolitana de Curitiba. Lá, bem no meio do mato, ela encontrou um casebre abandonado onde descobriu as propriedades das ervas que curam. Naquele lugar ela socorreu uma senhora, que havia quebrado o braço, através de orações e de chás. No final, a garota pegou dois trapos, uma agulha, um fio e exclamou:
- Agora seu osso voltará ao normal. Pois ele será como os tecidos que eu costuro!
Após estas palavras a menina passou a rezar em Latim enquanto cosia.
A partir daquele fato as pessoas passaram a frequentar a casa de Constantina, no meio da floresta, sempre que precisavam. Porém sempre quando alguém chegava, de noite, na casa dela não via a presença desta pequena e sim de uma senhora idosa, que sempre afirmava que a garota tinha saído. Assim a anciã identificava-se como sendo sua tia-avó e também ajudava com orações e ervas. Mas, as pessoas, também, notaram que quando procuravam Constatina de dia a menina sempre estava lá, mas não havia nem rastro da idosa na casa.
Um certo dia, lá pelas seis da tarde, um moleque chamado Zé foi buscar ajuda de Constantina para sua mãe doente. Então ele colocou a cabeça na janela e viu a garota virar uma velha na sua frente. O pequeno correu assustado e contou o fato para todos. Dizem que a partir daquele dia, Constantina fugiu de Campo Largo e voltou a viver com sua família no bairro chamado Santa Felicidade.
Fonte: Texto Livre
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O folclore de Curitiba é bem rico , e essa eu não conhecia .
ResponderExcluirPesquise sobre as lendas urbanas de Curitiba que vc vai encontrar bastante coisas legais
Pois é...existem histórias incríveis nesse nosso país gigante...essa foi uma das suas maiores ideias manolo...
ExcluirMuiiito legal!
ResponderExcluirHuum curti legal mas maneiro tambem bom
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