Chankillo: O mais antigo observatório solar das Américas

em 06/05/2014


Em um dos pontos mais elevados do relevo Peruano, encontram-se 13 torres. Até bem pouco tempo a função dessas antigas e misteriosas construções significavam um grande mistérios para a ciência, mas recentemente cientistas descobriram que elas marcam as posições do sol nascendo e se pondo em diferentes épocas do ano, o que torna Chankillo o mais antigo observatório solar comprovado das Américas (existem outras estruturas tão ou mais antigas que Chankillo, e acredita-se que elas tenham a mesma função de Chankillo, mas essas teorias ainda não foram totalmente provadas).


Chankillo é uma das mais antigas ruínas do Peru, que foi por muito tempo um mistério para os pesquisadores e arqueólogos. Datadas do século IV aC, as estruturas mostram sinais de terem sido brevemente habitadas em torno do primeiro século dC, mas foram provavelmente abandonadas depois de um período relativamente curto de tempo. Acreditava-se que as ruínas podiam ser um local de cerimônias religiosas ou uma fortaleza de algum tipo, mas a decodificação de um conjunto particularmente estranho de estruturas revelou que é muito, muito mais interessante do que isso.

Complexo de Chankillo visto do alto
Ao longo do topo de uma crista, a estrutura se estende por 300 metros de comprimento com 13 torres curvas. As torres têm entre 17 e 125 metros quadrados, e cada uma tem apenas duas escadas que levam ao topo. Sem um propósito defensivo real ou significado religioso claro, o objetivo das torres parecia indescritível.


Isto é, até a descoberta de duas outras plataformas de observação, uma para o oeste do muro de torres, e outra para o leste. Quando pesquisadores do Instituto Nacional do Peru começaram a explorá-las melhor, eles descobriram algo surpreendente.


Era o mais antigo calendário solar já encontrado nas Américas. Observadores de pé sobre uma das plataformas marcariam a torre (ou torres), e as diferenças entre elas sobre oqual o sol nasceu, usando o movimento do sol para marcar os dias do ano. Quando em pé na plataforma oposta, eles podiam medir onde o sol estava se pondo. O nascer e o pôr do sol sobre os solstícios de verão e inverno estão em linha com as torres setentrional e sul.


As implicações da descoberta são surpreendentes. O significado religioso do sol está bem estabelecido na cultura inca e maia, mas muitos dos registros que temos falam sobre calendários solares europeus do século 16. O sítio de 13 torres pré-datam os registros escritos por séculos, e até mesmo são mais antigos que estruturas maias semelhantes encontradas na América Central por cerca de 500 anos. As torres fornecem provas de que a adoração do sol data de muito, muito mais para trás do que se pensava inicialmente.


Além disso, Chankillo é único, mesmo entre os observatórios solares, por causa do ciclo de um ano. Muitos outros observatórios solares foram descobertos, mas a maioria deles só marcavam datas importantes, como os solstícios. A precisão com que as torres foram posicionadas, cuidadosamente espaçadas e curvas, teria permitido que observadores acompanhassem precisamente todo o ano.





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