Frei Fidélis (Bernardo Mott), filho de João Batista Mott e Joana Simeoni, nasceu aos 6 de janeiro de 1885 na cidade italiana de Primiero. Entrou para o seminário seráfico em 1897, em Taubaté, sendo também um dos primeiros seminaristas e noviços de nossa Província. Frei Fidélis foi um competente professor de filosofia e teologia. Grande cultor de nossa língua e da História da Ordem, deixou vários livros, como: “CAPUCHINHOS EM TERRA DE SANTA CRUZ”, que escreveu de parceria com Frei Modesto de Taubaté, em 1942; - “OS MISSIONÁRIOS CAPUCHINHOS NO BRASIL”, 1929, também com colaboração de Frei Modesto.
Por muitos anos seu hobby preferido foi o estudo do sumério e da Pré-História da América. Conhecia com perfeição os idiomas Sânscrito, Italiano, Francês, Latim, Grego, Aramaico, Hebraico, Tupi, Guarani e Sumério/Acadiano, sendo especialista na origem das palavras.
Como afirma Frei Marcelino Ruivo, “Fidélis fixou-se, no Sumério a ponto de ‘descobrir’ uma segunda História oculta de baixo da História Bíblica e das Lendas Tupis, re-lida naquele idioma. É sabido que dava à re-leitura uma feição toda especial, todo sua, mercê de interpretar subjetivamente o Sumério. Seja como for, esse seu carisma atraíra a curiosidade científica de muita gente importante, principalmente de seus amigos”.
São, de fato, interessantíssimos esses estudos de Frei Fidélis, que muitas vezes usava o pseudônimo de Peregrino Vidal. Faz toda uma “exegese” de certos capítulos da Bíblia, interpretando-os – parece que logicamente – à luz do Sumério e neles descobrindo uma História oculta. Com base nesses estudos o Frei publicou dois livros: “Fomos e somos a Atlântida” e “América pré-histórica e Hércules”.
Frei Fidélis afirmava que que os primeiros habitantes da América falavam a língua Suméria. Fidélis acreditava que os Sumérios (clique aqui para ler sobre eles) haviam se instalado no Estado de São Paulo. Seus estudos estavam baseados em evidências linguísticas. Demonstrou que os nomes de algumas cidades do interior de São Paulo são de origem Suméria, como por exemplo Botucatu, inclusive o nome do Rio Tietê. Na verdade ele demonstrou que muitos termos da língua falada por índios, em especial pelos Tupis, tinham relações com palavras sumérias.
Frei Fidélis faleceu aos 83 anos de idade no dia 19 de fevereiro de 1968 em um convento da sua congregação na cidade de Botucatu.
Hoje seus estudos são amplamente utilizados por pesquisadores que analisam indícios de presença suméria e até mesmo fenícia na América. Alguns desses indícios já foram abordados aqui no blog Noite Sinistra, em textos como "As misteriosas inscrições da pedra de Ingá", "Fuente Magna, a pedra de Rosetta da América do Sul" e também no texto "Os deuses astronautas e as cabeças de pedra de Tiahuanaco".
Quando amanhecer, você já será um de nós...
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