Olá galera...É com grande alegria que compartilho com vocês um material enviado por uma amiga leitora aqui do blog Noite Sinistra. A benfeitora do dia foi a senhorita Isabelle Schreiber, foi ela que enviou a crepypasta/conto que poderemos conferir abaixo.
Creepypasta: Como nascem os monstros
Essas historinhas que vocês leem e chamam de terror garantem 100% de segurança por serem pura ficção. Monstros, fantasmas e blá blá blá. Mas o pior monstro é o ser humano, sabiam que segundo especialistas, mais de 3% da população mundial é composta de psicopatas? Sociopatas e psicopatas tem o mesmo distúrbio, a personalidade dissocial ou antissocial. Sabe, mentir e manipular é algo fácil, pra nós o "outro" é uma coisa qualquer e as emoções são por vezes superficiais ou fingidas. Querem ler uma história de terror de verdade? Então está no lugar certo.
Era uma garotinha doce, bonita e amável apesar disso era discriminada e desprezada pelos colegas de classe. Apanhava e era ferida emocionalmente e fisicamente. Nunca reagia. Só tinha um amigo que também sofria com ela. As outras crianças diziam que eles eram esquisitos, e eram mesmo. Um com seus cabelos castanhos claros e sempre longos e olhos azuis gelo que pareciam sempre frios, maus e distantes, a outra com os cabelos negros em corte chanel e seus olhos igualmente escuros que aparentavam muitas vezes uma selvageria animalesca e lembravam a muitos "as portas para o inferno".
O nome deles você não precisa, não quer e não vai saber. Apenas vai saber que eu sou a garotinha. Eles cuspiam em nós e diziam coisas que assombrariam os adultos. Eu e ele percebemos que tínhamos que nos unir, separados eramos fracos, juntos invencíveis. Ali nasceu uma coisa que pode ser tomada por amor, um misto de sentimentos que vocês nunca vão entender. Nós dois temos a personalidade muito parecida, não desejamos matar, queremos apenas que nos deixem em paz.
Mas isso não nos impediu muitas vezes de brigas terríveis entre nós, e a ausência de culpa os levou a uma ou duas vezes a uma terrível agressão física. Ele, forte, alto para a idade e ótimo lutador, eu, por minha vez era magra, ágil e também muito forte para uma garota. Crescemos juntos protegendo um ao outro, na maioria das vezes por pura necessidade mas também por que eramos os únicos que nutriam algo por nós. Somos tão parecidos! Uma alma que habita dois corpos, e tamanho amor por nós mesmos que percebemos que residimos um no outro.
Lindo, não é? Seria uma pena se até nossos 13 ou 14 anos ainda sofrêssemos aquele tipo de bullyng e mais tarde as pessoas nos isolassem de seus grupos sociais. Não posso deixar de rir ao me deparar com isso, era exatamente o que queríamos, que eles ficassem longe de nós. As únicas pessoas a quais gostamos da presença é um ao outro, e nem tanto assim. Mas se fosse só isso não seria uma história de terror, não é mesmo? É por aqui que as coisas começam a ficar violentas, se tem estômago fraco pare de ler.
Nos formamos em jornalismo, trabalhos fora da redação sem manter qualquer contato com as outras pessoas, é exatamente isso que gostamos. Durantes as horas de trabalho ficamos em quartos separados, além de não nos comunicarmos durantes umas 6 ou 8 horas, depende do dia. Naquele dia eu o encontrei já na sala de estar, com um livro no colo, parecia concentrado. Usava uma calça de moletom preta e uma camiseta da banda Burzum.
- Tire os pés de cima do meu sofá. - Eu disse com um tom de voz frio como a água do copo que eu tinha na mão.
- Nosso sofá. - Ele me corrigiu num tom igualmente sem emoção.
- O morro dos ventos uivantes? - Interroguei-o, tentando ver a capa do livro.
- Sim... Heatcliff sem dúvida é um psicopata, sabe? - Ele disse num tom de deboche.
- Vingativo e adorável, sem dúvida... Meu segundo psicopata favorito. - Falei num tom suave.
- E eu sou o primeiro? - Ele escarneceu .
- Não, eu sou a primeira! - Dei um meio sorriso irônico.
- Que adorável, querida. - O tom dele foi sarcástico e maldoso.
Minha vontade era de meter a mão na cara daquele insolente.
- Me ame menos, por favor - Eu murmurei.
- Te odeio tanto quanto a amo, tenha certeza disso. - Ele resmungou antes de voltar os olhos para o livro, e olha, ele ainda estava com os pés no meu sofá! Estúpido.
- Prefiro o ódio. É mais verdadeiro, puro e sincero que o amor.
- O amor é como as folhagens, um dia vem o inverno e puff! Tudo cai por terra, apesar de lindo não dura nada. O ódio é como os rochedos, feios, duros e permanentes. - Respondeu-me ele, e acrescentou - Sim, foi uma adaptação de uma fala da Catherine.
- Só que a frase dela é uma declaração apaixonada e você acaba de tornar algo sinistro.
- Que obviamente te agrada.
- Ao contrário da sua companhia.
- Me ame menos você, por favor.
Agora ele voltava a concentração para o livro e eu sabia (pois o conhecia muito bem) o escarcéu que ele faria. Finalmente bebi minha água, aquele troço parecia ter sido retirado de uma geleira. Apanhei um livro também, algum de Schopenhauer, meu filósofo favorito. Fui em direção ao sofá, ele estava ocupando todo o espaço, bati com o livro em sua perna, ele as recolheu e eu sentei.
Antes que eu terminasse de me arrumar no sofá ele recolocou as pernas no lugar de antes, sobre minha perna. Apoiei meu livro em sua perna e recebi um olhar irônico acompanhado da frase:
- Não achar que está muito folgada, moça? - Nós dois começamos a rir, esse era o som mais raro na casa, risos.
Depois o silêncio voltou a se instalar na casa, era quase palpável. "Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz" (frase de Schopenhauer). Mas seríamos nós, tão vis criaturas sem os traços da humanidade merecedores da paz? Não sei, mas naquele momento eu me revirava por dentro, o silêncio pulsava em meus ouvidos e meu companheiro percebeu algo de diferente em mim pois perguntou:
- O que foi? Viu um fantasma? - Sarcasmo nível máximo, dava pra perceber que ele não estava se importando.
- Pensando... - Minha voz saiu quase num rosnado entre dentes.
- No que? - Agora ele parecia interessado, sentou-se ao meu lado.
- Revenge, vengeance, violent retribution... - Eu não precisava falar de quem eu queria me vingar, ele sabia.
- Mas que gracinha, pretende aprontar o que? Fazer sua cara de má pra eles? - Fiz questão de encara-lo firmemente de maneira violenta e cruel, dita selvagem, até ele desviar o olhar.
- Talvez, não é nada mau essa minha cara, não é?
- Eramos maltratados por uns 30, quer matar um por um? - Aquele tom de deboche ia me fazer voar na garganta dele qualquer dia desses.
- Você sabe muito bem quem promovia o "levante". A maioria era uns otários...
- Ainda são.
- É, mas sabe quem eram os lideres deles...
- Ah, sim. Me diga, e como vamos pega-los?
- A pergunta é como vamos mata-los, na verdade.
- Vai me dizer que não sabe? Devagar, lentamente... - Ele parou para saborear a ideia.
- E eu tenho um plano ótimo pra pegar aqueles dois.
- A vadiazinha e aquele...
- É, eu sei o que eles são! - Disse grosseiramente, fazendo eles erguer as sobrancelhas - Cale a boca e me deixe pensar.
- Sabe, as vezes eu tenho a ilusão que você será uma mulher doce e normal, essas coisas fazem minha ideia parecer utópica.
- E é, mas você sabe que não vai ganhar o prêmio de marido do ano, certo?
- Não, vou ganhar o da eternidade! Eu disse que nunca vou te abandonar e se você acha que vai se livrar de mim... - Um brilho maligno passou pelos seus olhos, aquele tom de azul lindo e amedrontador para vocês, pra mim apenas uma criança fazendo birra.
- Eu sei que não vou, infelizmente - Dei aquele sorriso de escárnio irônico que eu sabia que era irritante.
- Que bom que está bem informada - Ele me abraçou pela cintura, e me beijou.
- Temo trabalho a fazer... - Murmurei separando-nos um pouco - Uma bela "desforra".
Alguns dias depois tínhamos um plano e um plano B, apesar de termos certeza que nada daria errado.
- Tem certeza que fez tudo certo? - Tom de voz irritante, como se eu fosse uma incompetente, como eu casei com esse cara?
Olhei o beco ao redor e ajeitei as mangas do agasalho de moletom preto, nós dois esta vamos com calças de moletom preto, tênis de corrida iguais e completamente pretos, regatas pretas e agasalhos de moletom também pretos. Havíamos colocado luvas cirúrgicas (as famosas luvas de médico) e por cima luvas de lã negra.
- Não, sou uma idiota e deixei pistas espalhadas - Resmunguei mal-humorada.
As duas criaturas que esperávamos eram Charlie e Clarisse Tanner, irmão gêmeos que eram "os valentões lideres" da turma durante todo nosso período escolar.
A garota Tanner passou em frente ao beco e rápida como uma cobra derrubei-a no chão, antes que conseguisse gritar ele enfiou um pano em sua boca, o que foi fácil, porque eu estava imobilizando-a... Espertamente, não vacilamos e usamos um dos truque: Os famosos pontos de pressão. Apertei um na nuca e Clarisse desmaiou. Jogamos o corpo no canto, vez do irmão dela, que foi pego do mesmo jeito.
Com esforço os levamos para uma fábrica abandonada que tinha um acesso lateral que ficava no fim do beco... Uma porta praticamente invisível. Amarramos eles de uma maneira peculiar: Presos por cordas nas mãos no teto, pendurados... Agora elas haviam acabado de terminar de prender as pernas deles, elas apenas amarraram as pernas para que ficando juntar, colada, não pudesse chutar. Haviam alguns ganchos nas paredes, e elas encaixaram um de cada lado, na altura da cintura de cada um deles e prenderam uma corda neles, de modo que não pudessem atirar-se o para frente.
- Belo trabalho. - Ele disse me dando um sorriso.
- Oh, olhe! Eles estão acordando... - Sorri de maneira sádica para meu companheiro.
- Hã? O que... O que está acontecendo? - Charles perguntou, olhando para os lados.
- Já era hora de acordar, estávamos esperando as princesas voltarem a consciência, isso foi feio com seus anfitriões. - Ok, agora eu sei porque eu casei com esse cara, era um tom tão doce e maligno que dava arrepios.
- Hum? Quem são vocês? Ah não, é você (meu nome que não é da sua conta, caro leitor) sua desprezível nojenta e pútrida! - Clarisse tinha acordado também, ele era mais espertinha que o irmão, pelo visto.
- Ah querida, assim você me deixa lisonjeada! Se não estivesse tão escuro você veria que eu até corei - Soltei uma risadinha que era mais pra unhas arranhando lousa do que risada.
Eles reconheceram eu e meu marido e ficaram praguejando, jogando pragas e etc...
- Sabe, os gatos brincam com os ratos antes de come-los, quanto mais vocês guincham mais nos divertimos... Shhhhhhh, agora vocês gritam por quê? Eu ainda nem comecei a fatiar-lhes - Eu disse.
Eles silenciaram instantaneamente, tsc, mas já já iam voltar a gritar. Apanhei uma pequena foice, no estilo daquelas de colheitas. Passei ela numa pedra de amolar várias vezes, eles acompanhavam com o olhar os meus movimentos. O barulho estava deixando eles desesperados.
- Por quem vamos começar? Eu quero que um assista o outro morrendo - Aquele tom calmo e frio que ele sempre mantinha.
- Assim óh - Entreguei uma foice igual a minha pra ele. - Divirta-se com Charlie, deixe Clarice pra mim.
- Isso sim parece-me uma boa ideia.
- Vai doer só um pouquinho - Rosnei encarando Clarice... - Acredite, tudo o que você vai sentir aqui será pouco perto do que eu sofri esses anos.
- Tirando o fato que você é um mons... AHHHHHHHH! - A frase foi interrompida pelo grito de dor, atingi a coxa dela com a foice, peguei uma artéria e uma hemorragia começou. Agora os gritos dos dois Tanner se misturavam. Era uma área ignorada até pela polícia da cidade, lá ninguém ouvia, via ou falava nada.
- Ops, desculpe! Minha mão escorregou... - Alguns golpes em áreas com mais artérias, queria ver ela sangrar!
Uma poça se formava no chão, esfolei com a foice as mãos dela (áreas do corpo com mais receptores de dor). Percebi que logo o corpo dela "desligaria" o canal de comunicação e meu brinquedinho perderia a graça. Dei o golpe final, pouco acima do umbigo e escorreguei até um pouco abaixo. A maior artéria do corpo humano. Ela urrava de dor, sangue e lágrimas, muito sangue! Ela estava pagando, não é culpa minha, ela mereceu.
- Já vai acabar, fique tranquila! - Pousei a foice num canto e apanhei uma marreta. Aquilo sim eram golpes dolorosos. A carga de adrenalina e serotonina no meu corpo só aumentava minha já grande força. Ela perdeu a consciência, de seus lábios saia um rio de sangue - Querido - Eu me virei e percebi que ele já havia terminado com Charlie também - Me ajude a jogar os corpos na banheira de ácido, sim?
- Claro. - Atiramos os corpos numa banheira de ácido e tampamos, ninguém nunca acharia os corpos, era o fim deles.
Nós dois sorriamos de satisfação. Aquelas roupas seriam queimadas, nos mudaríamos de país e esse seria um final feliz.
Isso não é uma confissão, é só um aviso para você que está lendo: Cuidado com quem você mexe, nunca se sabe se é um psicopata...
By: Isabelle Schreiber
Agradecimento a leitora Isabelle Schreiber. Quem quiser adicionar a amiga Isa no Twitter o perfil dela é o seguinte: https://twitter.com/ isaschreiber
Quando amanhecer, você já será um de nós...
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creepy perfeita *-* , mas eu vou te contar uma coisa , eu ja sofri bullying quando mais novo :/ , mas não tive nenhum amigo naquela época ); , então sei bem o que é isso , e até hoje eu tenho traumas daquela epoca , um deles é a dificuldade em me socializar , mas aqui no NS eu me senti como se estivesse em casa desde a primeira vez que visitei :D e nunca mais fui embora nem pretendo^^
ResponderExcluirSei bem como é isso acabei me acostumando em ficar sozinho ou tipo quando alguem pergunta se tem algo errado mas não por educação mas sim por que se importa com você...UAU não tem sensasão melhor, ja melhora de tudo
ExcluirSó eu q achei essa creepy perfeita?? Analizar a mente desses monstros por outro ângulo, torna tudo mt fascinante!!
ResponderExcluirBjss..
Foi um conto de desfecho previsivel, porem a forma de escrever é muito boa e prende a atenção. A relação entre os dois psicopatas é a parte alta do conto, muito interessante ver o convivio de amor e ódio entre os dois. Eu esperava um pouco mais de sadismo na tortura e assassinato, achei essa parte um pouco corrida mas ainda assim interessante. Quem sabe esse casal não resolva no futuro abranger a sua vingança e possa nos contar um pouco mais não é mesmo? Parabens, belo conto/creepy!
ResponderExcluirJá sofri bullying, fazes passadas (não foi nem nada tão grave, tirando que fui ameaçado com um canivete, rs). Adorei o texto, esse com certeza vai para o "best"... É o tipo de texto que gosto de escrever e claro, de ler!
ResponderExcluirolá leon , me passa o link do seu blog por favor
Excluirabraços :)
É o Predomínio do Terror manolo: http://predominiodoterror.blogspot.com.br/
Excluirobrigado manolo . . . eu nunca sabia qual era o seu blog , obrigado e abraços ;)
ExcluirA ideia inicial do texto ― a vida e o "amor" de um casal de psicopatas ― é boa, mas parece-me que o (a) autor (a) não soube desenvolvê-la bem. Além dos erros de português, desagradou-me o fato de o casal ter planejado a vingança somente na vida adulta; psicopatas são psicopatas desde que nascem, portanto, poderiam ter pensado nisso no período em que estudavam com os gêmeos; e também, esse tipo de gente, certamente, depois de adulta, preocupa-se com coisas maiores e mais importantes do que pessoas das quais sofreram bullying na infância.
ResponderExcluirBem sofri muuuuuito bully daquele tipo de te trancarem em um lugar escuro e abafado mas eu agradeço eles pois eu vi o mundo como ele é realmente, vingança? eu gostaria mas eu so iria decer mais no nivel deles aprendi rapido que o mundo não é balas e doces coloridos como você acha que é quando se é inocente
ResponderExcluirSabe aquela frase de que quando você crescer vai sabar neles bem digamos que agora eu superei eles